Modelo que cobriu cicatrizes com tatuagens quer ajudar outros casos
Desde que contou aoEGOqueteve 60% do seu corpo queimado em um acidente de infância,Jennifer de Paula viu multiplicar os pedidos de ajuda e orientação de outras pessoas que sofreram algum tipo de queimadura ou acidente e ficaram com cicatrizes. A modelo, que cobriu com tatuagens suas maiores marcas, procura dar conselhos e dividir sua experiência. Atualmente ela trabalha como modelo, é destaque da Acadêmicos da Rocinha, musa do bloco Cordão da Bola Preta e candidata ao concurso que vai eleger a mulher mais sexy do Brasil.
Tenho uma necessidade de ajudar, nem que seja com palavras, conselhos e experiência. O que passei só sabe quem passou, não quero que isso pareça algo para me expor, até por que não alimento esse assunto, mas o número de mensagens de pessoas que querem e precisam de orientações é grande.. Quando ajudo alguém de qualquer forma que seja, me sinto aliviada, ser útil é bom, ainda mais quando podemos ser úteis, quando podemos ser referência. Desta vida só deixamos o legado!”, opina ela.
“Me chamavam de múmia depois do acidente
Jennifer tinha 5 anos quando o irmão ateou fogo em um formigueiro e as chamas acabaram atingindo-a. "Ainda lembro o cheiro do remédio Povidine como se fosse hoje. Eu usava todos os dias depois das sessões de raspagem, quando me colocavam em um tanque e me esfregavam com sabão de coco. Me urinava de dor”, lembra ela, que enfrentou este procedimento por meses. Além desse desconforto, Jenni tinha de lidar com o bullying dos colegas na escola.
"As crianças me chamavam de múmia por causa das ataduras", conta ela, que teve de usar
uma roupa feita sob medida "com um tecido caríssimo" que sua família não tinha condições de comprar. "A pediatra do hospital, que por coincidência havia se queimado fazendo mingau para o filho, viu o sofrimento da minha mãe, que não tinha condições financeiras para comprar, e doou a roupa para mim", conta ela,que fez uma tatuagem grande na coxa para esconder parte das cicatrizes.
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