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Sábado - 09 de Janeiro de 2016 às 08:39

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Frascos de medicamentos com a data de validade vencida foram flagrados no Hospital Municipal deTesouro, a 385 km deCuiabá, nesta quinta-feira (7). A imagem foi feita por um estudante de direito de 22 anos, morador da cidade, que estava com zika vírus e recebia soro no local. AoG1, ele relatou que estava no local há 40 minutos quando percebeu um recipiente com várias ampolas vencidas em um armário da enfermaria.


"Os medicamentos estavam em um lugar acessível e exposto, o que me levou a acreditar que estavam sendo utilizados. Eu estava sentado, recebendo soro, e com o zoom do celular capturei a imagem com as datas de validades inadequadas", contou.

Enquanto estava na enfermaria, o rapaz disse não ter presenciado nenhum enfermeiro fazendo uso das substâncias vencidas. Aproximadamente 15 frascos estavam em um pote transparente de plástico. Algumas ampolas haviam expirado em setembro de 2015.

A diretora geral do Hospital Municipal de Tesouro, Jucilene Castro Silva, explicou que os medicamentos vistos pelo paciente estavam em um recipiente de descarte, chamado no local de "descartex".

"A cidade não possui coleta seletiva hospitalar. Nós temos que juntar e queimar por nossa conta os medicamentos vencidos. Aquele pote é direcionado para o descarte destas ampolas", disse a diretora.

O procedimento comum é esperar o recipiente encher de medicamentos vencidos encontrados para, só depois, encaminhá-los para o descarte, segundo a diretora. "Os remédios dentro da vitrine são aplicados nos pacientes. Os que estão fora, não. Vamos controlando de acordo com a utilização do remédio. Há vários lotes, com datas de vencimento diferentes", explicou Jucilene.

As ampolas que estavam no pote eram de Atropina, substância que não vem sendo aplicada no hospital há meses, segundo a direção. A Atropina é utilizada na medicina para combater arritmias e para o tratamento de Mal de Parkinson, por exemplo.

"O hospital troca de médicos com frequência. Alguns profissionais usam mais alguns remédios do que outros durante os tratamentos. Vai da escolha dos médicos mesmo", relatou a diretora geral. Ela informou, ainda, que já retirou o "descartex" da enfermaria para evitar enganos por parte da população.





Fonte: G1 MT

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