Milho segunda-safra ajudará a garantir abastecimento interno
O milho segunda-safra confirmou o desempenho esperado e deverá ter crescimento de 73% ou o equivalente a 16,4 milhões de toneladas sobre a safra anterior. Os dados fazem parte do 12º levantamento de safra anunciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira, 6 de setembro, em Brasília.
Com o aumento na produção, a safrinha poderá alcançar 38,86 milhões de toneladas. No ano passado foram colhidas 22,46 milhões de toneladas. Segundo o secretário de Política Agrícola Caio Rocha, o volume contribuirá para que não ocorra desabastecimento do produto no Brasil e permitirá que o país feche o ano com um estoque recorde de 10 milhões de toneladas. A estimativa para as safras consolidadas (primeira e segunda safras) demonstra um aumento de 26,7% ou 15,32 milhões de toneladas, alcançando 72,73 milhões de toneladas do cereal.
“Mesmo com a nova projeção de exportações, que aponta 16 milhões de toneladas embarcadas de milho neste ano, a produção que está prevista garantirá o abastecimento no nosso país. Sabemos das dificuldades para o transporte, mas estamos buscando alternativas para solucionar esse problema”, garante Rocha.
O estudo divulgado também manteve a previsão de produção recorde de 165,9 milhões de toneladas da safra de grãos 2011/2012. O volume equivale a um aumento de 1,9% em relação à safra 2010/2011 – quando a produção atingiu 162,8 milhões de toneladas – e significa 3,1 milhões de toneladas a mais no volume total. A retração na soja (- 8,9 milhões de t) e no arroz (- 2 milhões de t) foi confirmada mais uma vez pela pesquisa.
Café em processo evolutivo
Durante o evento, a Conab apresentou, ainda, os dados do 3º levantamento da safra 2012 do café. O grão produzido no Brasil deverá atingir um volume de 50,48 milhões de sacas, o que representa uma elevação de 16,1%, se comparado com a safra anterior – que foi de 43,48 milhões de sacas de 60 kg. O crescimento é atribuído ao ano de alta bienalidade e ao investimento realizado pelo produtor na lavoura.
De acordo com o secretário de Produção e Agroenergia do Mapa, José Gerardo Fontelles, a produção apresenta um processo evolutivo. “No momento, os produtores estão retendo o café de qualidade. Até o final de setembro, já se deve perceber uma melhora na comercialização”, destaca.
Confirmada a expectativa, esta será a maior safra produzida no País, superando até mesmo o recorde anterior de 48,48 milhões de sacas, do período 2002/2003. Em comparação com a safra de 2010, último ano de ciclo positivo, a produção é 4,96% maior.
O café da espécie arábica, com uma produção estimada em 37,95 milhões de sacas, representa em média 75,2% da produção nacional e o Estado de Minas Gerais é o maior produtor, com um volume previsto de 26,63 milhões de sacas. Já o conilon, ou robusta, cuja produção é estimada em 12,54 milhões de sacas e média de 24,8% da produção cafeeira do Brasil, tem no Estado do Espírito Santo seu maior produtor, com uma colheita estimada em 9,71 milhões de sacas.
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