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Domingo - 13 de Março de 2016 às 08:39

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O microfone (brilhante) poderia estar mais alto e o próprio cantor poderia ter mostrado tanto empenho vocal quanto na cara de mau e na correria pelo palco.

Falhas pontuais e irrelevantes – ao menos pareceu ser assim para os fãs de Eminem, que adoraram tudo. Ele agradou com seu rap acessível e característico no último show do Palco Skol neste sábado (12) no Lollapalooza.

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O rapper americano, que já passou dos 40 mas parece ter bem menos, ofereceu uma apresentação sem potencial para converter quem já não era fã.

Mas agradou com hits da época em que surgiu como astro, no final dos anos 1990. Ajudou a média de cinco "motherfucking" a cada dez palavras pronunciadas pelo polêmico artista, já acusado de homofóbico e misógino.

Foram seis "motherfuckings" só no primeiro discurso, no início do show de uma hora e meia. Eminem lamentou os "quase seis motherfucking anos" desde a última e única vez que passou pelo Brasil e falou em "Sampa".

Dividindo a cena com o onipresente Mr. Porter – a quem coube a função de relações públicas e que inexplicavelmente tinha microfone e voz mais evidentes que o astro da noite –, Eminem não usou tanto seu potencial de rapper metralhadora. Quando fez, justificou a boa fama.

Não foram tantos assim os coros da noite, mesmo porque não é fácil acompanhar a velocidade dos versos do rapper. Mas de tempos em tempos vinha uma cantoria coletiva.

As maiores surgiram em refrões que pegam emprestado, via sample, músicas já conhecidas, como “Stan”, que tem trechos da cantora Dido. O maior grito foi em "Love the way you lie", parceria com Rihanna e dedicada para as "motherfuncking ladies" presentes. Um gentleman. Rihanna voltaria a ser citada em "The monster”, que também teve a voz dela na gravação.

Selfie com plateia
Outro bom momento veio depois de Mr. Porter (sempre ele...) propor uma selfie com o público ao fundo (Eminem ironizou seu apego a esta modalidade fotográfica) e citar bebida e droga.

"Tem gente aqui que deve estar sob influência de tóxicos ou alterada", arriscou Eminem, certo de que o cheiro reinante na frente (atrás e do lado) do palco deveria ter alguma explicação.

Na sequência, o questionário: "Quantos aí estão doidões? Posso levar vocês para a época em que eu andava chapado?". Podia. E vieram os "clássicos" do repertório conhecido do rapper, como "My name is", "The real Slim Shady" e “Without me”. Tiveram bastante aprovação.

Autoajuda
No fim, teve a passagem autoajuda com “Not afraid”, e então por um minuto Eminem e banda saem de cena. O público não pede um bis genérico e prefere ser bem específico, gritando “Lose yourself!”.

Na volta, o rapper vestia uma camiseta dos Beastie Boys e fez a vontade do povo, que aumentou consideravelmente o percentual de bonés per capita em comparação com as coroas de flores e chapéus usados por admiradores de outros artistas do festival.

Eminem gosta de fazer rap do (homem com cara de) mau e acredita muito na pose desafiadora, mas arriscar no palco não é com ele. E o show não pôde ser transmitido nem fotografado, após veto do próprio astro.

Eminem se apresenta no palco Skol do Lollapalooza 2016 (Foto: Fábio Tito/G1)Eminem se apresenta no palco Skol do Lollapalooza 2016 (Foto: Fábio Tito/G1)

Eminem faz show no Lollapalooza em São Paulo (Foto: Flavio Moraes/G1)Eminem faz show no Lollapalooza em São Paulo (Foto: Flavio Moraes/G1)





Fonte: Do G1, em São Paulo

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