IMPEACHMENT
Taques defende que PSDB não assuma ministérios num possível governo Temer

O governador Pedro Taques (PSDB) defende que o partido não ocupe ministérios caso o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma a presidência em razão da possível aprovação do impeachment contra Dilma Rousseff (PT). “Eu defendo que o PSDB possa participar com ideias e não com cargos. Fora do Governo”, afirma o tucano ao Rdnews.

A posição de Taques foi defendida durante o encontro com a cúpula do PSDB, na última sexta (8). Os líderes da legenda se reuniram para discutir o impeachment da presidente Dilma, assim como se posicionar contra novas eleições, o que na prática, beneficiaria Temer.

O impeachment será votado na Câmara Federal no próximo domingo, a partir das 13h (horário de Mato Grosso). Caso seja aprovado por 342 dos 513 deputados federais, o processo de impeachment é aberto e encaminhado para análise do Senado. Se for aceito, a presidente Dilma é afastada do exercício do cargo por até 180 dias. Temer assumiria até o encerramento do processo.

Um dos primeiros a defender o processo contra a petista, Taques espera que o impeachment seja aberto e a constituição seja cumprida. “Que possamos ter tranquilidade, credibilidade na administração pública federal, para que o Brasil possa continuar no seu desenvolvimento”, declara.

Questionado se a declaração de acabar com Chavismo era uma referência ao PT, o governador afirma que se referia à intolerância e não necessariamente à legenda petista. Segundo o tucano, o Chavismo é representado pela falta de respeito à liberdade de imprensa, liberdade de iniciativa privada e a escolha do cidadão. “Aqueles que são autoritários e reacionários devem ser afastados”, reafirma.

A crítica acerca do Chavismo foi feita ao público durante 9ª edição do Parecis SuperAgro, formado na maioria por produtores rurais, para atacar duramente as organizações de esquerda.