Caixa dos Advogados lança campanha estadual de vacinação contra H1N1

A antecipação do período de gripe H1N1, que normalmente acontece em meses mais amenos do ano, tem assustado os mato-grossenses em 2014. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), só neste ano o estado já possui 13 notificações de óbitos da doença.

Para tentar reverter a proliferação do vírus a Caixa de Assistência dos Advogados de Mato Grosso (CAA/MT) iniciou nesta semana uma campanha estadual de vacinação contra a gripe H1N1. As doses serão disponibilizadas, por ordem de chegada, gratuitamente, aos advogados e advogadas adimplentes com a OAB em Mato Grosso. Uma taxa de administração de R$ 40 será cobrada aos cônjuges e filhos dos profissionais.
A aplicação da vacina contra a gripe H1N1 vai até o próximo dia 22 de abril, em Cuiabá. A campanha também acontecerá em Várzea Grande e nas demais cidades do interior do Estado.

Na rede pública, a campanha de vacinação contra influenza deve começar no dia 30 de abril e se estender até 20 de maio e inicialmente será destinada a alguns grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pessoas portadoras de doenças crônicas e outras doenças que comprometam a imunidade. Após tomar a vacina, a pessoa fica imunizada contra H1N1 aproximadamente por um ano.

Segundo a médica infectologista do Hospital Santa Rosa, Zamara Brandão Ribeiro, uma hipótese que pode explicar a antecipação da chegada do vírus é o aumento de viagens internacionais que podem ter trazido o H1N1 que circulava no hemisfério norte. Além disso, a médica aponta que fatores climáticos que favorecem as aglomerações também podem ajudar na proliferação da doença.

O vírus possui as mesmas características de um quadro gripal inespecífico, dificultando a diferenciação com os outros quadros virais em um primeiro momento. Os sintomas são os mesmos: mal estar, febre, coriza, congestão nasal e falta de apetite.

A suspeita das complicações por H1N1 são levantadas a partir da evolução desfavorável do paciente que pode passar a apresentar dificuldade para respirar, náuseas, vômitos, confusão mental e piora clínica progressiva.

A médica relata ainda que, em geral, complicações costumam ser mais comuns em idosos, gestantes, crianças pequenas e outros grupos de risco (pessoas com doenças crônicas como diabetes, pneumopatas e cardiopatas, imunossuprimidos como usuários de corticóides ou portadores de neoplasia, obesos mórbidos).

Segundo a infectologista, prevenir ainda é a melhor opção e, sendo assim, reforça a importância da imunização. Mas outros cuidados também podem ajudar a evitar o contágio da doença como lavar as mãos constantemente, evitar aglomerações e locais fechados, cobrir o nariz e a boca quando tossir ou espirrar, usar lenços descartáveis e evitar contato com pessoas doentes. Além disso, as pessoas que já apresentarem sintomas de problemas respiratórios devem evitar aglomerações para não disseminar o vírus.