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Quinta - 06 de Setembro de 2012 às 13:00

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Cultura decisiva na evolução do país, o famoso ‘ciclo da borracha, como ficou conhecido entre os anos de 1879 e 1911, foi lembrado essa quarta-feira (05.09) pelo senador Cidinho Santos, que retomou o assunto na tribuna do Senado para destacar o mercado promissor que a seringa representa no Brasil. Dentro desse contexto, o parlamentar enalteceu os números da produção de Mato Grosso e o perfil do Estado para o desenvolvimento da heveicultura.

 


Atualmente, o Brasil produz em torno de 30% da borracha que consome. Em 2009, o Brasil consumia 2,66% da borracha natural produzida no mundo, cujo total estava estimado em aproximadamente nove milhões de toneladas, e produzia apenas 1,08%. No exterior, a produção é concentrada, basicamente, em três países: Malásia, Tailândia e Indonésia. No mercado mundial, a demanda é maior do que a produção. As projeções indicam que a busca pela mercadoria está em crescimento contínuo, refletindo-se nos preços, que têm aumentado sistematicamente, em escalas apreciáveis, de 2000 a 2010, segundo realçou.

 


No Brasil, são pouco mais de 100 mil hectares de seringais plantados, ao passo que, segundo algumas projeções, como a do engenheiro agrônomo Adonias de Castro Virgens Filho, para satisfazer as necessidades de consumo no Brasil, em 2030, a área plantada deveria ser de, pelo menos, 800 mil hectares.

 


“Esses indicadores sugerem que as perspectivas de mercado para a heveicultura são excelentes, com grande espaço para investimento na área. A acrescentar que estamos falando de agricultura de baixo carbono. Um seringal sequestra ao final de seu ciclo de vida, que dura aproximadamente 30 anos, de 229 a 574 toneladas de carbono por hectare plantado.

 


Segundo dados do censo do IBGE de 2010, Mato Grosso ocupa a terceira posição na produção nacional de látex coagulado, ou seja, são aproximadamente 19 mil toneladas de látex em 21 mil hectares de lavoura permanente, acrescidos de mais sete toneladas de produção extrativista. São Paulo é o maior estado produtor, com 131 mil toneladas produzidas em 51 mil hectares, e a Bahia sustenta a segunda posição, com produção de 32 mil toneladas em 31 mil hectares plantados.

 


O senador afirmou que em razão desse perfil produtivo, o Governo Federal tem demonstrado sensibilidade em abrir linhas de créditos específicas para os seringais, no âmbito de programas de financiamento da agricultura familiar. “A medida mais recente, o voto aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em fevereiro deste ano, autorizou a inclusão de uma linha de crédito especial no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Eco) para financiamento de seringais”, comemorou Cidinho Santos.

 


Os limites são de R$ 80 mil por beneficiário e de R$ 15 mil por hectare, com prazo de 20 anos para pagamento e oito anos de carência. A taxa máxima de juros caiu de 4,5% para 4% ao ano. Já em Mato Grosso, o parlamentar fez questão de destacar o Programa de Implementação da Heveicultura - feito por meio do MT Regional (MT-Prohevea) - que objetiva promover o plantio de 160 mil hectares em 15 anos, “o que transformaria nossa região no segundo produtor nacional, em prazo de 15 a 20 anos”.

 


         Segundo Cidinho, que já foi coordenador do MT Regional - quando ocupou cargo de secretário de estado na gestão Blairo Maggi-, o programa é voltado a pequenos e médios produtores e pretende beneficiar mais de 30 mil famílias rurais, em universo de 120 mil pessoas.

 


Atualmente, estão articulados para implementação desse programa 15 consórcios intermunicipais, com objetivo de orientar os produtores no financiamento, rentabilidade e plantio da cultura.

 


         Como assinala o superintendente Estadual da Cultura da Heveicultura no Estado, Israel Antunes Marques, “para um município com um milhão de árvores em produção equivalente a dois mil hectares, teremos uma movimentação bruta de 1,2 milhão por mês, o que demonstra que a seringueira é uma excelente alternativa de renda para uma cidade”, explicou Marques.

 


PROJEÇÕES

 


A heveicultura é uma atividade estratégica para o país no contexto econômico, social e ambiental. Por isso, tem sido considerada nas políticas de desenvolvimento nacionais e, Mato Grosso tem demonstrado as melhores condições ambientais e ecológicas para que o cultivo prospere. O governo estadual tem alinhavando projetos em resposta às linhas de investimento disponíveis e prestando assistência técnica, operacional e logística para fomentar o setor.





Fonte: DO DC

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