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Terça - 31 de Maio de 2016 às 06:56
Por: Eduardo Gomes - Diário de Cuiabá

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Greve geral por tempo indeterminado é a decisão do Fórum Sindical, que representa 32 sindicatos de servidores estaduais. Os discursos são duros contra o governo, mas não há informação precisa sobre o movimento em si. Em meio à mobilização para o movimento grevista, Gilmar Brunetto, presidente do Sinterp – sindicato dos servidores da Empaer – discorda e desconversa sobre cruzar os braços. O Siagespoc, sindicato dos agentes e investigadores da Polícia Civil realiza assembleia-geral hoje, às 15 horas, para decidir sobre greve ou não. 


Brunetto alega que o problema (que afeta o equilíbrio das contas do governo) “É o tamanho do duodécimo”, numa alusão às transferências mensais constitucionais a Assembleia, Judiciário, Tribunal de Contas do Estado e etc.

Cledison Gonçalves, presidente do Siagespec, acredita que a assembleia das duas categorias que seu sindicato representa aprovará a greve, mas oficialmente, até sua realização, a rotina dos policiais não será alterada em Cuiabá e demais municípios.

Paralelamente à espera da assembleia, Cledison Gonçalves assinou nota oficial conjunta com outras categorias da Polícia Civil alertando os policiais sobre o procedimento operacional durante a greve anunciada para hoje. Em síntese o documento observa que é preciso manter 30% dos efetivos nas unidades policiais e centrais de flagrantes. A nota também é assinada por Wagner Bassi, presidente do sindicato dos delegados; e David Padilha Nogueira, que preside o sindicato dos escrivães da Polícia Civil.

Edmundo Cesar Leite, presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), considerou “ofensiva” a proposta de repasse da Revisão Geral Anual (RGA) feita pelo secretário de Gestão Júlio Modesto. “Como alguém pode propor algo assim, 2% a partir de setembro e mais 3% no próximo ano?”, questionou.

Cesar Leite reconhece a gravidade do momento de crise, observa que os servidores estão dispostos a colaborarem com o governo, mas mesmo assim questiona a proposta, além do momento atual. Ele recua e avança no tempo. Lembra que no ano passado o Fórum Sindical concordou com o parcelamento da RGA porque o mandato do governador estava no começo e o Estado enfrentava dificuldades pelo rombo deixado pela administração anterior. Arremata temeroso que o cenário de incerteza de agora se repita em maio de 2017 sobre a RGA daquele ano.

O governo defende a legalidade da greve de algumas categorias, não admite paralisação de policiais e adverte que tomará medidas administrativas e buscará amparo no Poder Judiciário em defesa dos interesses do Estado. (EG)





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