Taques diz que paralisação de servidores é ‘partidária
Em meio à possibilidade de greve geral dos servidores públicos que pode ser deflagrada a partir desta terça-feira (31), o governador Pedro Taques (PSDB) declarou que é necessário compreender que a possibilidade de paralisação tem “cunho partidário”.
Embora não tenha citado nominalmente nenhum político ou legenda que seja opositora à gestão estadual e seja uma das mentoras da paralisação, Taques alertou para esse fator.
“Algumas categorias já aceitaram o percentual que foi ofertado. Aí, temos também que entender que tem muita política partidária em se tratando de greve. Não podemos aguardar a greve, temos contingências, planos de contingência, algumas áreas não podem parar. Aliás, é crime se pararem, como é o caso da saúde e da segurança, por exemplo”, completou.
O Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público) é uma das categorias que ameaçam deflagrar greve geral. Em nota pública, a categoria saiu em defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) alegando que o presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), não detém legitimidade para conduzir o país.
Durante a manhã de ontem, a equipe econômica do Estado apresentou aos servidores públicos a proposta de conceder Reajuste Geral Anual (RGA) em duas parcelas, sendo a primeira de 3% em setembro e outros 2% em janeiro.
A proposta foi recusada de antemão pelo Fórum Sindical. Por outro lado, Taques disse que se trata de uma proposta dentro da realidade financeira do Estado e ressaltou as dificuldades financeiras enfrentadas pelas demais unidades da federação.
“Vinte e cinco estados não darão nem 0,1% da RGA e quinze estão pagando salário atrasado. Mato Grosso está fazendo esforços fiscais para que possamos dar 2% no mês de setembro e 3% em janeiro. A proposta que foi apresentada é condizente ao momento econômico do Brasil e que Mato Grosso passa”, afirmou.
De acordo com Taques, profissionais da Educação e os investigadores e escrivães receberam na folha salarial deste mês, 7% e 10% de aumento, respectivamente, em seus salários. “Estamos cumprindo com as leis de carreira que foram aprovadas no passado”, disse.
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