Governo Temer
Chefe do Ministério da Transparência em MT entrega cargo em protesto
O chefe do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle em Mato Grosso, Sergio Akutagawa, entregou o cargo, nesta segunda (30), em protesto pela permanência do ministro Fabiano Silveira na pasta. Em gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Silveira critica à condução da Lava Jato e aconselha investigados na operação (veja aqui).
O áudio foi gravado por Machado durante reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Silveira, quando ainda era conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Assessores do presidente interino Michel Temer (PMDB) afirmaram ao G1 que, "por enquanto", o ministro fica no cargo.
Ao , Sergio Akutagawa explica que a decisão de entregar os cargos foi tomada pelos chefes regionais dos 26 Estados, logo após a exibição da reportagem com os áudios de Silveira. Além disso, informa que 250 servidores com cargos comissionados também colocaram as funções à disposição hoje. Acuado, Silveira colocou o cargo à disposição nesta segunda à noite.
“Nos últimos 14 anos, lutamos para tornar a CGU um órgão de credibilidade perante a sociedade brasileira. Nossa atuação sempre foi pautada pela ética e honestidade. O ministro ser flagrado neste tipo de conversa não condiz com a responsabilidade que o cargo requer”, afirma Akutagawa.
Segundo ele, todos os 26 chefes regionais despacharam normalmente nesta segunda, enquanto aguardam o posicionamento do governo federal. “Existem duas hipóteses: a saída do ministro Silveira ou a publicação das nossas exonerações no Diário Oficial da União. Não vamos trabalhar sob a condução de alguém que não reúne os requisitos para a função”.
Os servidores da pasta também estão mobilizados, reivindicando a exoneração de Silveira, que não apareceu em público após a divulgação do áudio. O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle absorveu a extinta Controladoria-Geral da União (CGU), na reforma ministerial promovida por Temer. O peemedebista ainda extinguiu ou promoveu a fusão de outras oito pastas, mas recuou em relação ao Ministério da Cultura (Minc).
Comentários