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Sexta - 03 de Junho de 2016 às 12:48
Por: Carlos Dorilêo - Folha Max

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Em depoimento ao (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), o atual secretário Legislativo da Assembleia de Mato Grosso, Odenil Rodrigues de Almeida, revelou que cedeu sua conta bancária para receber uma transferência de R$ 50 mil cheque para serem repassados ao ex-procurador Anderson Godoi. As declarações foram dadas no dia 19 do mês passado aos promotores Samuel Frungilo e Carlos Roberto Zarour César.

Odenil explicou que resolveu ceder sua conta bancária para receber os valores supostamente desviados num esquema junto ao banco HSBC que teria dado um prejuízo de R$ 9,4 milhões aos cofres do parlamento. Em fevereiro de 2014, ele era subordinado ao então secretário geral, Luiz Márcio Bastos Pommot, que solicitou os dados de Odenil para que fosse feita a transação.

Segundo o servidor, ele resolveu entregar número de conta e agência porque "temia perder o emprego". Logo após receber o depósito, Odenil foi informado por Anderson Godoi de que o dinheiro lhe pertencia.

Em seguida, ele checou com Márcio o assunto. O então secretário orientou Odenil a efetuar um saque na "boca do caixa" em espécie no Banco do Brasil dentro da Assembleia Legislativa e entregar todo valor ao procurador.

Odenil conta ainda que só se recordou do assunto após o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva (sem partido), citar seu nome em depoimento para a juíza Selma Rosane Santos Arruda. O servidor do Legislativo, que trabalha no poder desde 2008, disse ainda desconhecer o advogado Joaquim Mielli Camargo, delator da "Operação Ventríloquo" e autor da transferência para sua conta.

PARECER POR R$ 120 MIL

As investigações do Gaeco apontam que o ex-procurador Anderson Flavio Godoi teria recebido cerca de R$ 120 mil para emitir um parecer fraudulento para que a dívida de R$ 9,4 milhões junto ao HSBC fosse quitada em 2014. Deste valor, R$ 50 mil transitaram pelas contas de Odenil Rodrigues de Almeida.

As decelarações do servidor foram confirmadas pelo ex-secretário geral Luiz Márcio Bastos Pommot. Ele já foi preso, mas responde a ação penal em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica.

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