Monitoramento
MT registra 18 casos de raiva bovina; veterinário explica procedimentos
A confirmação da morte de bezerros após serem infectados com raiva bovina tem gerado alerta entre os produtores. Apesar disso, segundo o gerente de Relações Institucionais da Acrimat e médico Veterinário, Nilton Mesquista, o diagnóstico da doença não é comum em Mato Grosso.
Neste ano, o Indea já confirmou 18 casos. Após o de Sinop, foram confirmados focos em Jangada, Cuiabá e Nova Ubiratã. O número é considerado, por técnicos do instituto, como dentro do esperado.
O veterinário, por sua vez, pontua que, após a confirmação dos casos, se inicia o processo de “parar” a propriedade onde ocorreu a morte até que se tenha um panorama mais concreto da situação.
Ele explica que o Indea faz um plano de ação, intensificando a fiscalização, além de coletar morcegos hematófagos “para ver se ali está circulando o vírus, porque isso é uma zoonose e pode gerar algum problema”, pondera.
Ressalta ainda a necessidade de que o produtor, sempre que se houver suspeita, informe o Indea, tendo em vista que a raiva é uma doença transmissível, inclusive, para os seres humanos.
Apesar da preocupação, ele ressalta que, “se o vírus não for circulante”, a área vai ser liberada para que o empresário siga com os seus negócios. “Aquela propriedade vai ficar embargada, por um período, até se comprovar que a existência ou não de novos focos da doença, mas, depois, não vai ter problema nenhum de venda dos animais”, comenta sobre o foco de Sinop.
Sinop
O proprietário foi notificado para vacinar todo o rebanho da propriedade, além da revacinação que deve ser feita 21 dias depois. Animas das propriedades em um raio de até 12 quilômetros também serão vacinados, aproximadamente 6 mil. De acordo com o Indea, cerca de 180 propriedades foram inseridas no protocolo de ação e controle da doença.
Rebanho
Hoje, Mato Grosso tem um rebanho de 29,3 milhões de cabeças, espalhadas em 24 milhões de hectares de pastagem.
Comentários