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Cidades/Geral
Sexta - 10 de Junho de 2016 às 18:51
Por: Mariana Vianna - Da Assessoria do TJ/MT

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Com o objetivo de alinhar o próximo mutirão do Programa Justiça Comunitária, que será realizado no município de Campo Verde, no sábado (18 de junho), bem como planejar as edições subsequentes, o juiz coordenador do programa, José Antonio Bezerra Filho, e representantes das instituições parceiras se reuniram na Escola dos Servidores do Poder Judiciário, na manhã desta quinta-feira (09/06), em Cuiabá.

“O mutirão de Campo Verde vai encerrar as nossas ações deste ano. A gente vai parar propositalmente com os mutirões em razão do período eleitoral, para que não haja qualquer interferência que possa influenciar o voto da sociedade, levando em consideração que o programa trabalha em parceria com o Poder Executivo e Legislativo. Mas, a Justiça Comunitária não para completamente. Vamos desenvolver atividades mais sociais, como distribuição de alimentos para creches e asilos e também vamos aproveitar para planejar as próximas ações que começam a partir do momento que se encerrarem as eleições. Ainda este ano realizaremos um Casamento Social em Cuiabá com 1000 mil casais participantes, a Expedição Natalina, entre outras ações”, relatou o coordenador do programa.

Desde março de 2015 a frente do Programa Justiça Comunitária, o magistrado aproveitou a reunião para fazer um balanço das ações desenvolvidas no período. “Nosso objetivo quando assumimos o programa foi expandi-lo em todo o Estado, considerando que ele estava mais focado em Cuiabá e Várzea Grande. Conseguimos realizar esta expansão e nossa expectativa é ir além. Hoje, o Justiça Comunitária está em oito municípios com o mesmo número de 100 agentes comunitários que a gente tinha. Também melhoramos as localizações dos postos de atendimento em Cuiabá e ganhamos novos postos importantíssimos, como os do Shopping dos Camelôs e o Ganha tempo, que deve inaugurar na próxima semana. Tivemos ainda um incremento de produtividade. Saímos de 1.000 atendimentos para aproximadamente 3.800. Somente em mutirões realizamos mais de 80.000 atendimentos”, enumerou o juiz.

Parceiros – O Promotor de Justiça, Aurélio René Arrais, contou que participa do Justiça Comunitária desde que o juiz Antonio Bezerra está a frente do programa. “O Ministério Público faz um trabalho de orientação e encaminhamento da população para as promotorias competentes. Acho esse programa muito importante, porque vamos a vários bairros da periferia levar atendimento às pessoas. A população comparece e recebe imediatamente diversos serviços dos quais elas não tem acesso facilmente”, destacou.

Adriana Santana é coordenadora de cidadania da Secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social (SETAS) e também é parceira do Programa. Ela conta que a secretaria tem levado uma gama variada de serviços à população por meio do evento. “Levamos a segunda via de vários documentos, como certidão de nascimento, casamento e óbito. Também fazemos carteira de pescador, 1ª e 2ª via de CPF, foto 3x4 e plastificação de documentos. Acredito que o trabalho em rede é mais produtivo do que o trabalho isolado e esse programa é a prova disso”, explicou.

A enfermeira do Fórum de Cuiabá, Sandra Maria Ferreira do Carmo, é voluntária no Justiça Comunitária desde o mutirão realizado na Comunidade Sucuri. Ela conta que depois que conheceu o programa, fez questão de participar de todas as edições seguintes. “Em Campo Verde, vou fazer um trabalho preventivo, aferindo pressão, fazendo exame de diabetes, pesando, entre outras coisas. Vejo nos olhos das pessoas o quanto esse trabalho é importante para elas”, disse.

Clovis Matos, idealizador do Projeto Inclusão Literária, participa há cinco edições do programa, fazendo doação de livros com a sua biblioteca itinerante. “Eu faço um trabalho de itinerância desde o inicio dos anos 80 e acho de fundamental importância ações como esta. Isso teria que ser multiplicado. É uma belíssima união entre voluntários, instituições públicas e a comunidade. O programa permite a facilitação do acesso àqueles que não têm dinheiro para pagar. Antigamente era muito raro ver os órgãos se reunindo para fazer ações em conjunto e quando o faziam nunca era para fazer assistência social, mas sim assistencialismo. O cunho era político. No Justiça Comunitária você vê pessoas desconhecidas atendendo a população e sem nenhum segundo escuso”, explicou Clovis.

Participaram da reunião, Eduardo Martins de Barros, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Adriana Alves, da Secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), Major Cristina, da Rede Cidadã, Gaspar Reis, da Polícia Cível, Clóvis Matos, do projeto Inclusão Literária, Reinilce, do grupo Centro de Valorização da Vida (CVV), Aurélio Arrais, do Ministério Público, Sandra Carmo, do Fórum de Cuiabá, e Carine Gomes, do Sincor-MT.

Campo Verde – O Mutirão de Campo Verde acontece no dia 18 de junho (sábado), no Centro Educacional Paulo Freire, das 13h às 17h. Para facilitar o acesso, a Secretaria de Bem-estar Social do município vai disponibilizar ônibus e vans para fazer o transporte das comunidades dos assentamentos Serrinha e Dom Osório até o local do mutirão. O Centro Educacional Paulo Freira está localizado na Avenida Ayrton Sena, nº 1202, no bairro Jardim Campo Verde.

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