Impeachment
“Acredito, torço e trabalho para que Dilma não volte”, diz Blairo Ministro ainda rechaçou a ideia de novas eleições e elogiou primeiro mês de Temer
O ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) disse trabalhar para que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) sofra o impeachment e não volte ao Poder.
Atualmente, a comissão especial do impeachment do Senado trabalha com a data de 2 agosto para decidir se a denúncia de crime de responsabilidade contra a petista vai a julgamento final. Caso isso ocorra, a decisão final deverá ocorrer no final daquele mês.
“Eu acredito que a Dilma não volte ao poder. Eu torço e trabalho para que ela não volte”, resumiu o ministro em conversa com a imprensa, na manhã de segunda-feira (13).
Ele também rechaçou a ideia de novas eleições, defendida por petistas e uma ala do Congresso Nacional.
O fato é que não podemos errar. O espaço é muito pequeno. Tem que acertar, acertar e acertar
“Teríamos um problema constitucional. Não se permite eleição nesse meio. Já foi consultado, ainda que informalmente, o STF, alguns ministros, e a opinião foi de que não existe essa possibilidade. Nossa Constituição não permite quebrar o interstício de um mandato para fazer outro. Então, temos que ir até o final com ele”, afirmou.
Governo Temer
Blairo ainda avaliou de modo positivo o primeiro mês do Governo interino do presidente Michel Temer (PMDB).
Segundo ele, houve problemas de ordem política, mas que deverá ir se “encaixando” à medida que a ordem econômica melhorar.
“Tivemos alguns problemas mais de ordem política que de ordem econômica. Acho que a parte econômica está bem encaixada, está clara. Estamos fazendo algo que sempre defendi: quando se tem um problema, se coloca todos à mesa, vê o que é, arruma e explica a todos qual a intenção, que daqui para frente tem que ser de determinado jeito”, disse.
“E o Governo, no Ministério da Fazenda, fez isso, mostrou os números, os R$ 170 bilhões em déficit. E sobre esses números temos que trabalhar agora. Sabemos que somos um país praticamente quebrado e que precisa ser recuperado”, afirmou.
Para Maggi, este é um momento em que o time de Michel Temer “não pode errar”.
“O fato é que não podemos errar. Disse isso quando ainda não tinha sido convidado para fazer parte do Governo, mas essa é a ideia. Não se pode errar. O espaço é muito pequeno, curto. Tem que acertar, acertar e acertar”, completou.
Lava Jato
Por fim, Blairo disse não temer nenhuma investigação contra si. Isso porque dois ministros de Temer [Romero Jucá e Fabiano Silveira] caíram após grampos ligados a Operação Lava Jato.
Levantamento recente mostrou que ao menos sete ministros são citados na operação.
“Para mim não tem problema. Pode investigar. O que acho é que na questão da Lava Jato, que é onde estão os problemas, virou uma operação idolatrada pela sociedade, protegida pela sociedade. Mas coisas mais graves e menos graves tem recebido o mesmo tratamento pelo Governo”, afirmou.
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