Tensão
Visitas são suspensas no Carumbé e ataques podem voltar em MT Segundo agentes prisionais, visitas serão permitidas apenas uma vez por semana

A situação dos presídios em Mato Grosso pode se agravar a partir desta terça-feira. Isso porque, os reeducandos detidos no Centro de Ressocialização de Cuiabá não receberão visitas de familiares.

A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista Pereira de Souza. De acordo com o servidor, as visitas continuarão acontecendo somente aos domingos.

A Penitenciária Central do Estado, no bairro Pascoal Ramos também está seguindo o mesmo regime. As visitas serão permitidas apenas uma vez por semana.

No último final de semana, agentes selaram acordo com o Governo e o Tribunal de Justiça garantindo a retomada, de forma parcial, das visitas nas unidades prisionais. Foi permitida a entrada de apenas um visitante por detento. Alimentos e cigarros não puderam entrar nos presídios.

Conforme o presidente, nos últimos dias, os agentes penitenciários controlaram três tentativas de motim dentro de unidades prisionais do Estado. Ele citou ainda que oito casas de servidores foram alvo de ataques em todo o Estado desde a última sexta-feira (10), quando foram iniciados ataques ordenados por presos.

Na tarde desta terça, os agentes irão se reunir em uma assembleia para discutir novamente a proposta do governo do pagamento do Registro General Anual (RGA). A proposta é de 6% parcelados em três vezes.

Existe o temor de que a decisão dos agentes faça retomar os ataques a prédios e ônibus no Estado. Isso porque, os incêndios de ônibus e viaturas, segundo as investigações, foram ordenados de dentro dos presídios do Estado.

Em um programa de TV, o secretário de Segurança Pública Rogers Elizandro Jarbas criticou a paralisação dos agentes e atribuiu os ataques registrados no Estado a “atitude irresponsável” dos agentes, que mantiveram a greve mesmo com decisão do Tribunal de Justiça declarando o movimento ilegal.