Agente fica paralítico após levar 6 tiros; bala atingiu coluna da vítima Vínculo trabalhista com o Estado terminou 2 dias antes do ataque promovido por menores

Um dos ex-agentes do sistema socioeducativo de Cuiabá que foram baleados na sexta (18), na região do Sucuri, deve ficar paralítico. De acordo com informações do sindicato do Sistema Socioeducativo, um dos tiros acertou a coluna vertebral da vítima. “Ele segue em observação, e não consegue sentir as pernas. Agora, ele vai fazer fisioterapia e daqui a seis meses será novamente avaliado”, conta o presidente do sindicato, Paulo César de Souza.

A vítima chegou a levar pelo menos seis tiros, era funcionário contratado e teve seu vínculo empregatício finalizado na quarta (22), dois dias antes do evento. Ele estava em um veículo com outro companheiro, quando foram alvejados por dois rapazes. Durante a ação, houve troca de tiros. "Estamos acompanhando o caso para ver o que podemos fazer. Temos que saber quais são os direitos dele. Mas posso afirmar que estamos dando total ajuda”, frisa.

Para o presidente do sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindispen), João Batista, o confronto deve ter sido uma emboscada, motivada por menores de idade que reconheceram os dois como agentes do Sistema Sócioeducativo. "Os bandidos são menores, isso já foi descoberto. E como os agentes são monitores do Pomeri, com certeza eles reconheceram, pois devem ter passado por lá e criaram alguma rixa, ou não. Simplesmente atiraram, já que a onda do momento é tentar matar agente penitenciário", diz João Batista.

Por outro lado, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Márcio Dorilêo, afirmou hoje (20) pela manhã, que este foi apenas um caso isolado e que as forças de segurança atuaram deixando a cidade tranquila. “Não tivemos outro caso durante este final de semana, entendemos que é uma situação impar sofrida por ex-agentes. As forças do Estado atuaram muito bem para evitar qualquer tipo de ação”, afirma.