Promessa de frio em Cuiabá é esperança de lojistas e desânimo da população

A chegada do frio a Cuiabá ainda não esquentou as vendas do comércio de vestuário e os lojistas continuam reclamando da baixa nas vendas. Com peças ainda da coleção passada, a esperança é de que o consumidor renove o guarda-roupa para este inverno, que chega com temperaturas mais baixas do que o anterior.

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No primeiro dia da nova estação, na segunda-feira, 20 de junho, os lojistas da rua 13 de Junho no centro de Cuiabá, já exibem seu estoque de roupas de inverno nas vitrines. Já na calçada ambulantes investem em kits de meias e mantas, enquanto a população segue nas ruas com leves casacos, muitos ainda amarrados à cintura, uma vez que o sol ainda dava as caras.

A vendedora dona Maria, cuiabana de chapa e cruz, diz que não está gostando desse friozinho dos últimos dias, mas espera que a mudança na temperatura traga clientes para a loja. “O movimento ainda está fraco, com pouca procura por roupas de frio. Estamos com peças da coleção anterior ainda, espero que as vendas aumentem, mas particularmente eu não gosto do frio não, prefiro o calor”, conta a vendedora.

O presidente do Sindicato do Comércio de Tecidos, Confecções e Afins do Estado de Mato Grosso (Sincotec), Roberto Peron, afirma que a esperança é que as vendas melhorem para pelo menos não ficar no prejuízo com mercadorias em estoque. “O que tinha que ser comprado e entregue já foi, pois já se está produzindo a coleção da próxima estação. As maiores vendas foram no fim de abril, no primeiro período de frio. Neste segundo período e nos próximos a expectativa é de pelo menos vender o estoque pra não sair no prejuízo”, diz o presidente.

Vendedor ambulante há 35 anos, Augusto Ferreira, confia nas previsões e espera que o frio colabore para aumentar as vendas. Em sua barraquinha, kits de meias a R$10 estão à espera dos clientes. “Vivo disso a 35 anos, gosto do frio e espero que ele chegue mesmo para aumentar as vendas, porque até agora anda devagar”, explica o vendedor.

Incrédulos quanto ao inverno mais rigoroso que se anuncia, os cuiabanos preferem ver para crer, como Nayanne, que pretende fazer as compras para o frio apenas se as baixas temperaturas realmente chegarem a capital mato-grossense. “Não estou pensando em comprar roupas de frio ainda não, porque não estou precisando. Ainda não acredito que vá esfriar tanto aqui em Cuiabá e espero que não aconteça mesmo, não gosto do frio”, diz a consumidora.