Regimento Falho
Decisão sobre novo presidente da Câmara pode chegar a Justiça Parlamentares não se entendem sobre substituto de vereador morto

A Câmara Municipal só terá sessão na próxima semana, quando ficará claro se o vereador Haroldo Kuzai (SD) assume de forma definitiva a presidência do legislativo municipal ou se terá uma nova eleição. Haroldo Kuzai, 35 anos, é o primeiro vice-presidente, que interinamente já comandava o parlamento municipal desde a internação de Júlio Pinheiro, no dia 3, é vereador de primeiro mandato, tendo sido eleito, em 2012, com 4.010 votos.

Este ano, Kuzai chegou a ocupar o cargo de prefeito interino com as férias e viagem ao exterior por duas semanas de Mauro Mendes. Ontem, durante o velório do vereador Júlio Pinheiro, um grupo de parlamentares, como o primeiro secretário vereador Chico 2000 (PR), entendia que o regimento interno da casa estabelece que em caso de vacância do presidente, assume o primeiro vice-presidente, no caso o vereador Haroldo Kuzai.

Já outros parlamentares, como o vereador Domingos Sávio (SD), acredita que o regimento estabelece uma nova eleição. O assunto pode ser decidido pela Justiça.

Com a morte de Júlio Pinheiro, o suplente de vereador, Marcus Fabrício (PP) será efetivado na vaga. Ele conquistou 2.539 votos em 2012 e está em seu segundo mandato na Câmara Municipal de Cuiabá. Assumiu pela primeira vez como suplente em fevereiro de 2011 e atuou na última legislatura por mais de um ano no lugar do vereador Leve Levi, licenciado por problemas de saúde.

Fabrício também foi secretário de Turismo na gestão de Mauro Mendes (PSB), função que chegou a acumular com a de secretário de Cultura durante o período em que o prefeito avaliava a possibilidade de unir as duas pastas. Formado em contabilidade, Marcus Fabrício sempre foi ligado à política, por conta das raízes familiares - é sobrinho da ex-deputada estadual Chica Nunes (DEM) - o parlamentar concorreu ao pleito para o legislativo cuiabano pela primeira vez em 2000, ainda pelo PSDC, quando recebeu 1.978 votos.

Apesar de não ter sido eleito na ocasião, ficou como segundo suplente da coligação. No mesmo ano, o vereador assumiu o cargo de diretor da Secretaria de Cultura do Município, onde ficou até 2002, quando assumiu a secretaria do Conselho de Transportes do Estado, que é ligada à Secretaria de Infra-estrutura durante dois anos. Entre 2003 e 2004, foi presidente da Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari), do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT).

Em 2004, ganhou as eleições para vereador com 4.338 votos, e se tornou o quinto mais votado da casa na 16º legislatura. Em 2008 concorreu novamente, conquistando 3524 votos, porém, acabou perdendo a vaga para o vereador Deucimar Silva (PP), com quem estava empatado pelo quesito idade.