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Cidades/Geral
Quarta - 22 de Junho de 2016 às 22:23
Por: Da Assessoria do TJ/MT

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Durante toda esta semana (20 a 24 de junho) o Fórum de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá) recebe o curso ‘Técnicas de Mediação e Conciliação’ e capacita pessoas para atuar como conciliadores e mediadores. O curso atende a um grupo de oito pessoas entre servidores do Fórum local e outros profissionais.

Seguindo orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o conteúdo foi dividido entre teoria e prática, oportunizando aos participantes sessões simuladas, nas quais poderão vivenciar o conhecimento teórico.

A conciliação e a mediação são reconhecidas pela Resolução 125/2010 do CNJ como meios adequados de solução de conflitos, com a ajuda de um terceiro facilitador do diálogo entre as partes, com uso de técnicas desenvolvidas e estudadas há anos em muitos países. Em Sinop esses métodos vêm sendo aplicados pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) desde 2013, sob a coordenação da juíza Débora Roberta Pain Caldas.

“O Cejusc é a forma de o Poder Judiciário trabalhar a solução de conflitos de interesses da população e eu sou uma incentivadora incansável desse ‘olhar humanizado’. Isso porque acredito que a conciliação e a mediação trazem enormes vantagens para a população como, por exemplo, celeridade, baixo custo emocional e financeiro, maior satisfação das partes e menor índice de inadimplemento, além da formação de uma cultura voltada para a pacificação social”, ressalta a magistrada.

Uma das participantes do curso é a advogada Priscila Munhoz, que já é conciliadora formada pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e também pelo CNJ desde 2012. Segundo ela, esta é uma oportunidade de rever antigas práticas já utilizadas e também conhecer novos métodos para aprimorar as técnicas de resolução de conflitos.

“A conciliação e a mediação de conflitos são ferramentas importantes para o Judiciário brasileiro, mas infelizmente percebo que não houve ainda a conscientização geral por parte dos operadores de direito e da população. O povo brasileiro tem a cultura da litigiosidade, nós somos ensinados a judicializar ações. Precisamos que as pessoas percebam que essas ferramentas não são utilizadas apenas por imposição legal, mas que os conciliadores fazem curso e têm conhecimento para auxiliar as partes. As pessoas às vezes têm a falsa ideia de que os Cejuscs fazem apenas o acordo, mas na verdade o trabalho é de pacificação social e envolve a identificação dos problemas principal e subjacentes, além de auxiliar as partes a resolver o conflito”, explica.

O conteúdo está sendo ministrado pela instrutora Rebeka Vieira, que está concluindo mestrado na Argentina sob o tema “A Compaixão na Mediação”.





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