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Saúde
Quinta - 23 de Junho de 2016 às 06:56
Por: Lorrana Carvalho |Da Assessoria SES-MT

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Para fins de publicidade e transparência, o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, esclarece que não haverá distribuição de soro antiofídico na rotina para os municípios nos meses de junho e julho. A falta do imunobiológico ocorre devido ao adiamento do cronograma de entrega ao Ministério da Saúde, por parte dos laboratórios produtores.

Com o desabastecimento, os soros antibotrópico (pentavalente), anticrotálico (SABC) e antiaquético (SABL) não serão distribuídos aos estados. De acordo com a gerência de Vigilância em Agravos Imunopreveníveis da SES, desde 2013 Mato Grosso vive esse cenário de desabastecimento dos soros antiveneno, com uma redução mensal de mais de 50% na quantidade repassada pelo Ministério da Saúde.

“Estamos com o estoque crítico em relação ao soro antiofídico e isso não ocorre só em Mato Grosso. Há um desabastecimento nacional em função de problemas na produção desses soros. Até o mês de maio recebemos o soro na rotina numa quantidade menor. Porem, nos próximos dois meses (junho e julho) a situação tende a piorar porque o Ministério da Saúde não distribuirá as doses para os estados”, explica a gerente de agravos imunopreveníveis da SES, Cláudia Soares.

Ela explica ainda que os municípios estão sendo orientados, por meio de Nota Técnica, a utilizar de forma adequada o soro antiveneno, seguindo as instruções do protocolo clínico. “Além disso, os municípios devem informar todos os casos de acidentes por animais peçonhentos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), pois ele é a fonte oficial utilizada pelo Ministério da Saúde para a previsão do quantitativo de soro a ser distribuído ao estado”.

Além da nota técnica, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) também realizará uma web aula, por meio do Telessaúde, para os profissionais de saúde sobre o manejo correto nos casos de acidentes com animais peçonhentos e uso racional dos soros. Também orienta a população a evitar ao máximo a exposição a situações de risco, que possa contribuir com a ocorrência de acidentes.

Diante do desabastecimento e das características geográficas e sazonais do estado, a gerência de Vigilância em Agravos Imunopreveníveis utilizará o estoque atual de soro antiveneno de forma que cada região receba um quantitativo mínimo, além de manter na rede de frio central um estoque estratégico mínimo para atender os casos notificados.

Soros

Os soros antivenenos são fornecidos ao Ministério da Saúde pelos laboratórios produtores oficiais brasileiros como o Instituto Butantan, Instituto Vital Brazil (IVB), Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI).

De acordo com o Ministério da Saúde desde 2013 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exigiu dos laboratórios o cumprimento das normas definidas por meio das Boas Práticas de Fabricação (BPF), o que levou à necessidade de adequações e reformas nos parques industriais e, consequentemente, interrupção na produção dos soros.

Entre as justificativas apresentadas pelos laboratórios para a constante reprogramação dos cronogramas de entrega estão a assinatura do Contrato em 2016, greve de funcionários, furto de animais, problemas no abastecimento de matérias-primas e na produção.

Em nota o Ministério da Saúde informou que acompanha rotineiramente os cronogramas de entregas dos soros antivenenos e que está em contato com os laboratórios na tentativa de antecipação das futuras entregas de antivenenos.

Prevenção

Em locais propícios à presença de animais peçonhentos, deve-se utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de couro e botas de cano alto ou com perneiras. Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Adotar medidas preventivas quando realizar atividades de limpeza, deslocamento de móveis e outros objetos, pois serpentes, escorpiões e aranhas podem estar nas frestas, superfícies ou cantos. Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.

Nos sítios e chácaras manter uma área limpa em volta da casa, sem mato e, quando for aos pomares, seguir as orientações dos hábitos desses animais, pois a maioria deles gosta de ficar em cascas de árvores, escondidos entre as folhas do solo, debaixo de pedras, em locais úmidos e escuros.

Os animais peçonhentos injetam veneno pelo ferrão, dente, aguilhão e cerda urticante. Ao encontrar algum animal peçonhento em qualquer situação, afaste-se com cuidado, evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareçam mortos.

Na ocorrência de acidente, mantenha a vítima calma, evitando movimentos desnecessários, e com o membro acometido mais elevado em relação ao restante do corpo, caso seja possível. A vítima deve ser levada o serviço de saúde do SUS com urgência. Se possível, e caso não apresente risco de um novo acidente, o animal agressor deve ser levado com a vítima.

A identificação do animal responsável pelo acidente facilita o diagnóstico e tratamento.





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