Proposta para RGA de 6% é aprovada em primeira votação na Assembleia Oposição desconfia de fraude no resultado e ameaçam entrar na Justiça para anular a votação

Felipe Malvezzi/AL

Com pedido de vistas, 2ª votação da mensagem vai a plenário na próxima sessão que deve ocorrer 3ª

Foi aprovada em primeira votação na Assembleia há poucos instantes, em regime de urgência urgentíssima, a mensagem nº 45 do Executivo que propõe o pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) em três parcelas de 2% mais a diferença de 5,28% - que completaria os 11,28% reivindicados pelos servidores estaduais em greve desde o dia 31 - condicionados ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Após receber parecer favorável na Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, a mensagem foi a plenário e o placar da votação fechou com 12 votos a favor e 10 contra.

Na Comissão de Constituição e Justiça e Redação (CCJR), onde receberia parecer para ação em plenário, Zeca Viana pediu vista e tem prazo regimental de 24h para emitir voto. Com o ponto facultativo desta quinta (23), para a passagem da Tocha Olímpica em Cuiabá e Várzea Grande, a 2ª votação deve acontecer somente na sessão da próxima terça (28).

Votaram contra a proposta do Executivo os deputados Silvano Amaral (PMDB), Zé do Pátio (Solidariedade), Janaína Riva (PMDB), Zeca Viana (PDT), Sebastião Rezende (PSC), Coronel Taborelli ((PSC), Emanuel Pinheiro (PMDB), Wancley Carvalho (PV), Wagner Ramos (PSD) e o vice-líder do Governo, Leonardo Albuquerque (PSD).

Racha

A apreciação da mensagem em primeira votação rachou a base governista na Assembleia, ao receber voto contrário de sete dos parlamentares que compõem a base aliada do governador Pedro Taques (PSDB). O líder do Governo, deputado Wilson Santos (PSDB), deixou as dependências do Parlamento sem querer comentar o resultado da votação.

Fraude

Janaína, apoiada por Zeca e Emanuel, colocou dúvidas sobre o placar de 12 a 10 por considerar que a votação foi confusa e o resultado pode ter sido 11 a 11 devido a ausência do deputado Baiano Filho (PSDB) no plenário. A pemeedebista informou que vai solicitar as gravações em vídeo e notas taquigráficas da sessão. "Se for comprovada fraude, vou entrar na Justiça para anular essa votação", disse.

O deputado Baiano Filho, do mesmo partido do governador, confirmou que não estava em plenário. Circula nos bastidores a informação de que ele vai votar contra a mensagem do Executivo.