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Educação/Vestibular
Quinta - 23 de Junho de 2016 às 13:12
Por: Eliana Bess | Da Assessoria Seduc-MT

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Diferenças sociais eleva socialização dos estudantes em Tesouro

A unidade escolar Dr. Arnaldo Estevão de Figueiredo, localizada no município de Tesouro (a 373 km de Cuiabá), elaborou um projeto para desenvolver o aprendizado de seus alunos e garantir a inclusão de todos no processo. O projeto “Trabalhando as diferenças” é desenvolvido com quase 200 estudantes, incluindo o Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

O projeto foi criado com o objetivo de desenvolver nos alunos o respeito por todas as etnias. Professores de todas as disciplinas se envolveram em atividades relacionadas ao projeto. Os alunos puderam conhecer, refletir e valorizar a história e cultura indígena. Foram apresentadas atividades manuais com caracterização indígena e o aluno Guilherme Batista Cabreira, do 3º ano e descendente da tribo Kaiowás, foi homenageado.

A diversidade racial do povo brasileiro também foi trabalhada. “A relação de respeito foi estendida a natureza, estimulando a preservação do meio ambiente. Essa cultura está arraigada aos povos indígenas e precisa ser vivenciada por todos”, explicou a diretora Rosemary Pinheiro Vilela, afirmando que é preciso tornar prazeroso o processo de aprendizagem no ambiente escolar.

De acordo com a diretora, a ideia do projeto nasceu de um trabalho de leitura que era desenvolvido com os alunos. “A personagem, uma formiguinha negra, fez toda a diferença não só na trama, mas no nosso ambiente escolar, pois nos fez demonstrar que a etnia, a raça, ou a cor de pele não torna uma pessoa diferente, pois todos têm capacidades peculiares que enriquecem os grupos sociais”, afirmou.

Os alunos serão avaliados por sua participação na atividade, tanto individual quando coletivamente. Serão avaliadas a criatividade e o nível de conhecimento alcançado, o senso crítico e a organização dos materiais durante as atividades propostas em sala de aula.

Inclusão

O trabalho de inclusão social já é um diferencial na unidade escolar, que atende alunos com deficiência física e Síndrome de Down. Eles recebem acompanhamento para identificar a evolução do trabalho oferecido. Com isso, a gestão consegue realizar os ajustes necessários para o melhor resultado. “Existem casos que são monitorados. Temos um, em que a estudante não ia nem ao banheiro sozinha, era totalmente dependente até para a higiene pessoal. Ela evoluiu consideravelmente, já consegue se virar sozinha”, revelou a diretora.

No entanto, ela adverte que para que as ações tenham progresso, o aluno precisa gostar da escola. “Eles precisam ter esse sentimento de gosto pelo local, de querer estar lá, esse desejo. Isso facilita a dinâmica das atividades e eles assimilam com prazer. Assim, conseguimos avançar nos resultados”, defendeu a gestora.

“Me sinto à vontade, fui bem acolhido entre os colegas. Acho interessante poder passar um pouco da cultura indígena aos demais colegas, é com espírito de troca, que vamos estreitando as amizades”, declarou o aluno homenageado Guilherme. Até pouco tempo ele estudava em uma unidade municipal, mas se sentia meio deslocado. Foi convidado a assistir uma aula na escola estadual e se enturmou.

As atividades de leitura surtem efeito positivo e melhoram a relação entre os estudantes, opina Rosemary. “A leitura desenvolve o potencial. Eles participam, recontam o que leram, opinam”, finalizou.





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