Santo Afonso
Fiscais flagram desmate e trabalho análogo à escravidão em fazenda Fiscalização foi feita em uma fazenda na região de Santo Afonso (MT). Local já tinha histórico de autuações desde 2009, segundo a Sema.
Uma fiscalização flagrou desmate ilegal e uma suposta situação de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda, na região de Santo Afonso, a 266 km de Cuiabá. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), a área pode chegar a mil hectares. Alguns trabalhadores foram encontrados em situação análoga à escravidão. Um serralheiro foi preso. O dono da fazenda ainda não foi identificado, mas deve ser notificado sobre a irregularidade.
Fiscais flagram desmate e trabalho análogo à escravidão em fazenda de Mato Grosso (Foto: Reprodução/TVCA)
De acordo com a Sema, a região já tinha histórico de autuações desde o ano de 2009 e recentemente mais uma denúncia foi feita, fazendo com que os fiscais retornassem ao local. Para a secretaria, a área está sendo desmatada de forma ilegal.
“A moradia deles é precária e as condições trabalhistas também é visível aí a provável prática de trabalho escravo nessa região”, afirmou o soldado da Polícia Militar Ambiental, Luis Rodrigues da Silva.
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Conforme a Sema, a área desmatada pode chegar a mil hectares. A propriedade tem gado e sinais de queimada. A secretaria investiga também se a parte desmatada fica em uma Área de Preservação Permanente (APP).
O serralheiro detido disse que foi contratado para cortar as árvores. Ele afirmou aos policiais que ganharia R$ 70 por dia pelo serviço. O operador de máquinas Lucinei Borges disse que foi contratado para trabalhar na construção de uma sede da fazenda. Ele vive com a família em um barraco improvisado, em condições precárias sem luz e água.
Trabalhador e família viviam em um barraco improvisado, em condições precárias sem luz e água (Foto: Reprodução/TVCA)
O trabalhador afirmou que já viu caminhões carregando toras de madeira na fazenda. Ele foi ouvido e liberado. Já o serralheiro foi levado para a Polícia Civil de Arenápolis, a 259 km de Cuiabá. De acordo com a Sema, se for comprovado que a área desmatada é de APP, o proprietário deve pagar multa no valor que vai de R$ 5 mil a R$ 15 mil por hectare.
Veja o vídeo com a reportagem neste link http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2016/06/fiscais-flagram-desmate-e-trabalho-analogo-escravidao-em-fazenda.html
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