Juíza é mediadora em Ciclo Universitário da UFMT
A juíza Amini Haddad, do Juizado Especial Criminal de Várzea Grande, foi mediadora de um debate durante a segunda exposição do 1º Ciclo Universitário Direito e Cinema, realizada na noite de terça-feira (21 de junho), no campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O debate girou em torno das problemáticas relatadas no filme ‘Histórias cruzadas’ (The Help), baseado no livro de Kathryn Stockett.
O drama retrata a história de uma garota da sociedade que pretende se tornar escritora e para isso entrevista mulheres negras que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca. A intenção da personagem é escrever um livro retratando as mazelas do sistema. A história se passa na década de 1960, auge dos Direitos Civis nos Estados Unidos.
O projeto foi idealizado pelo professor Marcelo Antônio Theodoro, e teve a primeira exposição em abril deste ano, com o filme ‘Ponte dos espiões’. O objetivo é a exibição mensal de filmes que fomentem o debate acadêmico. Esta semana, foram debatedoras a professora, advogada e doutoranda em Ciências Jurídicas e Sociais Ana Emília Ipanema Brasil Sotero e a professora e doutora em Educação Cândida Soares da Costa. A juíza mato-grossense, professora e coordenadora do Núcleo Científico Vulnerabilidades, Direito e Gênero da Faculdade de Direito, foi convidada a mediar o debate.
De acordo com a magistrada, doutora em Direitos Humanos, o evento foi uma oportunidade de dialogar sobre os direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos. “Estamos compartilhando temáticas para a projeção de conhecimentos e formação de pensamento crítico. A atuação da UFMT em parceria com a sociedade civil será também o enfoque das novas atividades formatadas. Somos agentes dessa história. Sejamos capazes de realizá-la para o bem comum", afirmou a Amini Haddad.
Mais - A juíza, enquanto pesquisadora e diretora da Secretaria de Gênero da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), ainda é a redatora do substitutivo de Projeto de Lei apresentado pela Bancada Feminina da Câmara dos Deputados, à devida tipificação dos estupros coletivos, corretivos e da modalidade de incesto, ainda inexistentes na legislação penal. "É preciso mudar a cultura de apropriação e desvalorização do feminino", defende.
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