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Economia
Sábado - 25 de Junho de 2016 às 13:10
Por: Viviane Petroli - Olhar Direto

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Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

Mesmo com a redução à zero da alíquota do feijão, de qualquer país, pelo prazo de 90 dias, o grão tende a seguir caro para o consumidor. Os motivos são o dólar e tributação no mercado interno. A maior queda na produtividade do grão na safra 2015/2016 foi constatada nos Estados da região Centro-Sul. Somente em Mato Grosso o recuo na produtividade ante a safra passada chega a 39,1%.


A redução de 10% para zero da alíquota da Tarifa Externa Comum (TEC) foi aprovada na quinta-feira, 23 de junho, pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), após pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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A redução da alíquota para a importação foi solicitada após alta do preço do grão no mercado interno, principalmente do feijão carioca, que corresponde a mais de 70% do consumo brasileiro. Conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a maio, o feijão carioca em 2016 apresentou alta de 33,49% e no acumulado dos 12 meses 41,62%. Já o feijão-mulatinho 37,44% em 2016 e 48,79% nos 12 meses.

De acordo com o Ministério da Agricultura, países do Mercosul, como Paraguai e Argentina, já têm alíquota zero e, portanto, acesso livre ao mercado brasileiro, como Paraguai e Argentina, já têm alíquota zero e, portanto, acesso livre ao mercado brasileiro. As principais opções de fornecedores do grão são a China, EUA, Etiópia e Canadá, que estão entre os maiores exportadores mundiais.

“Agora, com a alíquota zero para países fora do Mercosul, o Brasil vai ampliar as opções de importação do produto para aumentar a oferta no mercado interno e reduzir os preços”, disse o ministro Blairo Maggi.

O dólar e a tributação no mercado interno é quem ditarão os preços do feijão ao consumidor brasileiro, segundo o economista Edisantos Amorim. A previsão é que os preços possam apresentar recuo em meados do último trimestre de 2016. “Existe, além do dólar, que hoje oscila, todo um tipo de pressão no mercado interno. É preciso rever a questão da tributação no país para o produto”. 





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