Operação Remôra
Empresário e ex-servidor da Seduc voltam a tentar liberdade no STJ Giovani Guizardi e Moisés Dias estão presos desde o dia 3 de maio
O empresário Giovani Guizardi ingressou nesta segunda-feira (27) com novo pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele está preso preventivamente pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desde o dia 3 de maio pela suspeita de chefiar um esquema de fraudes em licitações e cobrança de propina na Seduc (Secretaria de Estado de Educação) em conluio com servidores públicos estaduais.
O esquema desmantelado pela Operação Rêmora consistia em cobrança de propina aos donos de construtoras que executavam obras relacionadas a construção e reforma de unidades escolares. De acordo com as investigações, as fraudes ocorreram em contratos que, somados, correspondem a R$ 56 milhões.
Nas últimas semanas, Guizardi acumulou derrotas jurídicas na tentativa de ser colocado em liberdade. Em Mato Grosso, a Segunda Câmara Criminal já julgou o mérito de seu pedido de liberdade em habeas corpus, mas apesar de receber dois votos pela manutenção de sua prisão, foi adiado devido a um pedido de vistas do desembargador Pedro Sakamoto.
Nesta segunda-feira (27), a defesa conduzida pelo advogado Rodrigo Mudrovitsch requereu a desistência de um habeas corpus protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) desde o dia 10 deste mês que estava sob a relatoria do ministro Roberto Barroso.
Ainda estava programado para terça-feira (28) julgamento de mérito um habeas corpus pela Sexta Turma do STJ que não veio a ser reconhecido em liminar pelo ministro Nefi Cordeiro. Porém, como houve o ingresso de outro habeas corpus, o julgamento não ocorrerá por perda de objeto.
Outro que ingressou com pedido de habeas corpus no STJ foi o ex-Superintendente de Infraestrutura Escolar, Moisés Dias da Silva. O pedido foi protocolado na sexta-feira (25) e está sob a relatoria do ministro Nefi Cordeiro.
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