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Terça - 28 de Junho de 2016 às 21:51
Por: Thaiza Assunção - Mídia News

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Secom Cuiabá
As creches de Cuiabá estão sem feijão há cerca de um mês
As creches de Cuiabá estão sem feijão há cerca de um mês

Crianças matriculadas em creches municipais da Capital estão sem feijão na merenda há cerca de um mês. O motivo é a alta do preço do alimento: o quilo, que estava R$ 4 em maio, chega a até R$ 15 em junho, dependendo do tipo e da qualidade. O corte foi confirmado pela Secretaria Municipal de Educação.

Sem se identificar, uma funcionária da creche Renisea Guilhermette Barua, no bairro Despraiado, contou à reportagem que a unidade está sem receber o produto há duas semanas.

Segundo a servidora, as crianças reclamam da falta do alimento nas refeições, já, que muitas vezes, não é possível fazer uma mistura com caldo e com isso a comida fica seca.

Infelizmente a gente sabe que muitos alunos só se alimentam na creche. Em casa, muitas vezes, eles não têm comida. Então é complicado ficar sem esse alimento que dá sustância para muitas crianças carentes

“Os alunos sempre perguntam quando pegam o prato: cadê o feijão? E nós respondemos que não tem, mas que em breve deve chegar”, contou.

Uma funcionária da creche São Francisco de Assis, no bairro Praeiro, que também preferiu não ser identificada, contou que os servidores da unidade chegam a fazer cota para não deixar o alimento faltar na merenda das crianças. Ali o feijão está em falta há mais de três semanas.

“Infelizmente a gente sabe que muitos alunos só se alimentam na creche. Em casa, muitas vezes, eles não têm comida. Então é complicado ficar sem esse alimento”, afirmou.

Outra funcionária da creche Maria Benedita Martins de Oliveira, no bairro Cidade Alta, afirmou que a Prefeitura não deu nenhum posicionamento sobre o corte.

Segundo a funcionária, a unidade está pedindo doações dos pais para poder incluir o feijão na merenda.

Realinhamento de preço

A Secretaria Municipal de Educação informou que as duas empresas contratadas para fornecer o feijão às creches pediram um realinhamento do preço que foi acertado nas licitações.

As empresas alegaram que não têm condições de pagar o alimento com o preço contratado, tendo em vista o aumento do valor do produto.

Conforme a Secretaria, o pedido está em avaliação na Procuradoria Geral do Município.

Ainda segundo a Secretaria, o problema será resolvido até o final deste mês.

Alta do preço do feijão

Item de consumo básico do brasileiro, a alta no preço do feijão passou a causar preocupação no País.

O problema climático é o principal causador da queda na produção, o que traz como reflexo o aumento dos preço.

Entre os fatores apontados como motivos para a elevação, além da redução da oferta frente à demanda, estão questões econômicas como o fato de o preço mínimo do feijão não ter sido reajustado em 2015 e os valores da soja e do milho se mostrarem atraentes e com melhores expectativas de produção.

A perspectiva é que a próxima safra de feijão, que ainda está sendo plantada, possa atenuar o avanço dos preços, mas não resolver o problema de vez.





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