Pacientes não encontram vacinas em Cuiabá
Encontrar nas unidades de saúde de Cuiabá as vacinas que fazem parte de campanhas ou do calendário básico nacional de imunização tem sido um verdadeiro desafio para quem precisa. Para se ter ideia do problema apenas no Centro de Saúde Ana Poupina, que fica na Rua Carmindo de Campos, no Dom Aquino, são quatro tipos em falta.
Logo na entrada da unidade, há um cartaz informando a ausência da H1N1, hepatite “B”, pentavalente (DTP+Hib+ hepatite B) e a antitetânica.
De acordo com informações de funcionárias, a baixa nas doses ocorre há cerca de uma semana e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já teria sido comunicada sobre a situação. “Estamos aguardando novas doses chegarem”, disse um dos servidores, sem se identificar.
Vale explicar que, no caso da H1N1, a vacinação em crianças entre seis meses e dois anos é feita em duas meias doses. Assim são recomendados 30 dias de intervalo entre as duas aplicações para garantir a imunização.
No Programa da Saúde da Família (PSF) do Novo Horizonte também não havia a H1N1 ontem. Por telefone, uma funcionária do posto orienta a reportagem do Diário a procurar a Clínica da Família, que fica no CPA II. “Na Clínica da Família deve ter”, comentou.
Já a imunização contra a febre amarela e a BCG estaria sendo em sistema de escalas nas unidades. “As duas estão sendo distribuídas nos postos dia sim dia não. Hoje (ontem) você encontra a febre amarela e a BCG no Jardim Vitória”, informou.
No Centro de Saúde do Alvorada, o serviço de imunização sequer vem sendo disponibilizado, segundo funcionários. Mas isso por falta de um profissional para fazer as aplicações. “Estamos sem profissional. A pessoa que fazia foi transferida”, informaram.
Ainda na capital, o Ministério Público do Estado (MPE) também abriu inquérito para apurar denúncias do sumiço de pelo menos 40 frascos contendo doses da H1N1 enviadas pelo Ministério da Saúde (MS). O fato teria ocorrido na unidade do Programa da Saúde da Família (PSF) que fica no bairro Canjica.
A reportagem do Diário não conseguiu obter um posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde (SME) sobre o problema.
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