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Quinta - 30 de Junho de 2016 às 20:53
Por: Do G1 - MT

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Obra do crematório está sendo construído em Cuiabá (Foto: Silvio Müller/ Arquivo pessoal)
Obra do crematório está sendo construído em Cuiabá (Foto: Silvio Müller/ Arquivo pessoal)

Após quase uma década de litígio e espera por questões burocráticas, o primeiro crematório de Mato Grosso deve ser inaugurado no final deste ano. As instalações ficarão em um complexo construído no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, na capital, e dará aos mato-grossenses mais uma opção em relação ao cuidado com os corpos dos falecidos. Os envolvidos com o projeto garantem que o processo tem baixo impacto ambiental, principalmente em relação ao enterro comum.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) concedeu a licença para a instalação do crematório depois oito anos de tentativa. O projeto inicial foi elaborado por um arquiteto do Rio Grande do Sul e depois foi submetido à Sema, que exigiu diversos documentos para comprovar que a construção não afetaria o meio ambiente.

Segundo o gerente do cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá, Sílvio Muller, a obra está com o andamento normalizado e se encontra na fase de instalação de toda a parte elétrica e da acústica. Alguns atrasos em relação ao cronograma fizeram com que a previsão de entrega do crematório fosse adiada.

“Nós pretendíamos realizar a entrega do crematório no dia 2 de novembro, Dia de Finados, mas por causa de algumas casualidades tivemos que adiar um pouco. Trabalhamos com a previsão de que o local estará pronto entre o final de dezembro ou, mais tardar, no início de 2017”, explicou Sílvio.

Processo tem baixo impacto ambiental principalmente em relação ao enterro comum (Foto: Silvio Müller/ Arquivo pessoal)Processo tem baixo impacto ambiental principalmente em relação ao enterro comum (Foto: Silvio Müller/ Arquivo pessoal)

O gerente comentou que esse é um projeto antigo e que desde a inauguração do cemitério se debate a instalação de um crematório em Cuiabá. Ele explicou também que a construção de um local que realize esse serviço é bastante complexa e que os diversos estudos e levantamentos, principalmente na área ambiental, foram realizados para dar garantias à população.

“Fizemos levantamentos do impacto que o crematório causaria aos bairros vizinhos, à vegetação e até em relação aos insetos da região. A resposta que nós tivemos é que o processo é um dos limpos e higiênicos que existem. Comparando com o enterro comum, por exemplo, é 100% mais limpo”, argumentou.

De acordo com a empresa responsável pelo gerenciamento do crematório, a licença para instalação do local foi dada pela Sema no dia 15 de outubro de 2014. Somente depois disso que o projeto começou a ser repensado. O empreendimento explicou que falta uma última licença, de operação, que só deve ser liberada quando a estrutura estiver pronta.

Sobre o possível preço do serviço de cremação, o gerente da empresa argumentou que os custos da operação variam de acordo com o preço do gás. Nos dias de hoje, a previsão da empresa é que os custos ficariam entre R$ 3,2 mil e R$ 3,8 mil. Essa variação ainda depende do tipo de exigência dos familiares em relação ao ritual da cremação, que terá opções mais simples e outras de luxo.

Crematórios
De acordo com o Cadastro Nacional de Cremação, uma associação não oficial que tenta desmistificar e difundir o processo de cremação no país, o Brasil conta com 33 crematórios, em todas as regiões. O Centro Ooeste conta com dois cemitérios que realizam o serviço, sendo que ambos ficam em Goiás.

Segundo a organização, o processo vem crescendo no Brasil por causa de fatores como a consciência ambiental, já que, de acordo com eles, o processo evita a poluição dos lençóis freáticos e não tem risco de contaminação, e ainda por causa do barateamento dos serviços, devido a multiplicação dos locais que realizam a cremação.





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