Sem aula
Professores da rede pública decidem manter a greve no Estado Representantes de 93 municípios votaram pela manutenção do movimento, que já dura mais de um mês
Os professores e funcionários da rede pública estadual de Ensino de Mato Grosso decidiram, na tarde desta segunda-feira (4), manter a greve, que já dura mais de um mês.
Os servidores se reuniram em assembleia geral na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep).
Os profissionais estão de braços cruzados desde o dia 31 de maio em protesto contra o não pagamento integral da Revisão Geral Anual (RGA), de 11,28%. O movimento foi declarado legal pela Justiça.
Após a assembleia, a categoria realizou uma caminhada da Avenida Mato Grosso, em Cuiabá, até a Praça Alencastro.
Segundo o presidente do Sintep, Henrique Lopes, a assembleia contou com a participação de representantes de 93 municípios. De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, cerca de 90% das escolas estão paralisadas.
Amanhã (5), os servidores planejam realizar um ato em frente à Secretaria de Educação (Seduc).
Greve legal
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso rejeitou, na noite da última terça-feira (28), pedido feito pelo Governo do Estado para que fosse decretada a ilegaldade da paralisação.
A decisão é assinada pelo desembargador Juvenal Pereira da Siilva e tem caráter liminar.
O magistrado argumentou que o direito dos servidores da Educação à recomposição salarial é garantido na Constituição e afirmou que as negociações entre as partes foram interrompidas.
“Tenho que a alegação não prospera, visto que a negociação foi paralisada pelo Governo, quando este encaminhou o projeto de reajuste à Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, com sua posição unilateral”, escreveu Juvenal Pereira.
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