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Economia
Quarta - 06 de Julho de 2016 às 09:19
Por: Mariana Peres - Diário de Cuiabá

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Feijão carioca é o vilão da vez dos cuiabanos. Leguminosa acumula alta de mais de 160% nos últimos 12 meses e não há perspectivas de baixas
Feijão carioca é o vilão da vez dos cuiabanos. Leguminosa acumula alta de mais de 160% nos últimos 12 meses e não há perspectivas de baixas

Em 2015, o tomate foi o vilão do orçamento das famílias em razão de fatores climáticos. Pelo mesmo motivo, em 2016, o inimigo do bolso é o quase que insubstituível: feijão carioca, a variedade mais consumida pelos mato-grossenses. Conforme dados apurados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), somente no mês de junho, o quilo da leguminosa aumentou 40,6% na Capital. Com a disparada do preço do feijão, como a Cesta Básica em Cuiabá, aferida mensalmente pelo órgão, voltou a subir após dois meses de retração, encerrando junho com cotação média de R$ 437,4, um avanço mensal – sobre maio – de 5% e de 23% em comparação com os mesmos 13 produtos avaliados em junho do ano passado. 


No intervalo de um ano, ou seja, de junho de 2015 a junho de 2016, por exemplo, o preço do quilo do tomate recuou 12% na Capital, enquanto isso, o quilo do feijão carioca subiu 163%. Também estão encarecendo a Cesta Básica nos últimos meses o leite e a batata com alta mensal de 12% cada um e a manteiga com variação de 17%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, além do feijão (163%), que segue campeão em alta, está a batata (84%), o açúcar (40%), o arroz (43%), o pão francês (34%) e o leite (32%). Dos 13 itens da Cesta Básica, apenas o tomate apresenta recuo anual (-12%). Na análise mensal, junho contra maio, carne (-2%), farinha (-3%), batata (-1%), açúcar (-6%) e óleo (-3%), deram certo alívio na hora da compra.

Como explicam os analistas do Imea, por meio Boletim Mensal de Conjuntura Econômica, a cultura foi uma das que sofreu com as adversidades climáticas na safra 2015/16, limitando desta forma a oferta do produto ao consumidor. Mato Grosso não é grande produtor da leguminosa, mas grandes produtores como Paraná e Minas Gerais tiveram as safras, tanto de verão como de inverno, afetadas por irregularidades climáticas, afetando a qualidade e a quantidade.

DIEESE – Com dados atualizados até junho, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostra que em maio houve elevação do custo do conjunto de alimentos básicos em 17 das 27 capitais brasileiras, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas ocorreram em Porto Alegre (3,87%), Curitiba (3,46%) e Brasília (3,25%) e as quedas mais expressivas foram verificadas em Florianópolis (-4,09%), Fortaleza (-2,60%) e Rio Branco (-2,49%). Até aquele momento, a Cesta Básica de Cuiabá era a sétima mais cara do país, Cuiabá R$ 410,09, alta mensal de 1,94%, valor que conforme o Dieese comprometia 50,65% do salário mínimo.

Acima de Cuiabá estavam: São Paulo (R$ 449,70), Porto Alegre (R$ 443,46), Brasília (R$ 441,60), Rio de Janeiro (R$ 436,02), Florianópolis (R$ 420,63) e Vitória (R$ 418,96).

Como aponta o Dieese, feijão, leite, manteiga e a batata, foram, entre os produtos pesquisados, os que mais revelaram alta na região Centro-Sul do país. 





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