Presidente de Câmara em MT é preso suspeito de atirar em adolescente Vereador deve responder por porte ilegal de arma, ameaça e lesão corporal. Adolescente teria sido acusado pelo vereador de ter furtado a casa dele.
O presidente da Câmara de Nobres, a 151 km de Cuiabá, Odison Araújo de Souza (DEM), foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (8) por suspeita de ter atirado em um adolescente de 14 anos, no mês passado. O vereador, que tem 33 anos, deve responder por porte ilegal de arma, lesão corporal, ameaça e exercício arbitrário das próprias razões, ou seja, fazer justiça pelas próprias mãos.
O G1 não conseguiu localizar o advogado do vereador. Entretanto, segundo a polícia, Souza disse desconhecer o adolescente baleado.
Conforme as investigações, o vereador abordou a vítima e outros dois adolescentes numa quadra poliesportiva na noite de 21 de junho. Armado, ele obrigou os menores de idade a entrarem no carro e depois levou-os até um local afastado de Nobres.
Durante todo o trajeto, segundo a polícia, o adolescente de 14 anos foi ameaçado sob a mira da arma, sendo acusado pelo vereador de ter furtado a casa dele. Souza teria ainda exigido que os itens furtados da residência fossem devolvidos.
Depois, Souza e os três adolescentes voltaram para a cidade, sendo que o menor de idade de 14 anos foi ameaçado novamente, segundo a polícia.
Os três adolescentes foram ouvidos na delegacia de Nobres e apontaram o presidente da Câmara como o autor do ocorrido. Outras testemunhas que estavam na quadra de esportes também reconheceram o vereador, segundo a Polícia Civil. Chamado a depor, Souza preferiu ficar em silêncio.
Porém, oito dias depois da suposta abordagem aos adolescentes, o presidente da Câmara teria voltado a procurar os menores de idade. Dessa vez, teria se apresentado como vereador e dito novamente que o garoto de 14 anos furtou uma televisão da casa dele.
Conforme a delegacia de Nobres, o vereador foi novamente reconhecido tanto pelos adolescentes quanto por outras testemunhas. A Polícia Civil, então, pediu a prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar, que foram decretados pela Justiça.
Ao ser chamado para depor novamente, o vereador disse que não conhece a vítima. Ele foi levado para o 7º Batalhão da Polícia Militar, em função do cargo e por ter curso superior, e depois deverá ser levado para uma unidade prisional.
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