Município de MT perde R$ 300 milhões e decreta situação de emergência Produção de milho teve queda em Primavera do Leste em 2016. Prejuízo é estimado pelo secretário de Agricultura do município.
A seca deste ano causou a perda de, pelo menos, metade da produção de milho safrinha em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, provocando um prejuízo estimado de R$ 300 milhões ao município. A estimativa é do secretário de Agricultura, Adriano Voigt. A situação fez com que a prefeitura decretasse situação de emergência. O decreto, de 20 de junho, foi homologado pelo governo do estado nessa terça-feira (19).
O setor agropecuário é a base da economia do município e as perdas financeiras devem afetar as áreas social e econômica, conforme o decreto municipal, que diz ainda que este ano houve irregularidade no período de chuvas, o que prejudicou a produção de milho safrinha.
"Na verdade, diferentemente do Nordeste, as nossas situações de emergência são mais por causa de desarranjo na distribuição das chuvas. Começou a chover mais tarde, em novembro, e parou mais cedo, em abril. Normalmente começa a chover em novembro e para em maio", disse Voigt.
Segundo o secretário, houve perdas entre 50% e 60% das lavouras, o que dá um prejuízo estimado em R$ 300 milhões. Procurada inicialmente pelos produtores rurais, a prefeitura decretou situação de emergência em junho. O decreto foi homologado em julho pelo governo do estado e foi publicado no Diário Oficial do estado desta quarta-feira (20).
Com a homologação do decreto, por 90 dias podendo ser prorrogado por igual período, os funcionários têm direito a sacar o FGTS (Fundo de Garantia e Tempo de Serviço) e permite aos produtores flexibilizarem as negociações de contrato.
"Esse instrumento [do decreto de situação de emergência] não costuma ser utilizado em Primavera do Leste. Fizemos uma pesquisa empírica, conversando com os mais antigos, e em 1986 ocorreu situação semelhante no município. Este tem sido um ano atípico", disse Voigt.
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