Municípios sofrem com a seca em MT
O período tradicionalmente de estiagem em Mato Grosso, que se estende até outubro, acende um sinal de alerta nos municípios, principalmente em um ano marcado por decretos de situação de emergência pela seca. A região do Araguaia é a mais afetada pelo problema no Estado e o prejuízo estimado nos municípios relacionados à agricultura e pecuária, apenas no mês de julho, chega a quase R$ 400 milhões, segundo diagnóstico da secretaria Adjunta de Proteção e Defesa Civil de Mato Grosso. Até agora, quase 30 mil pessoas foram atingidas pela seca.
Além disso, a falta de água impactou ainda no abastecimento da população em algumas cidades e os rios estão com nível abaixo do aceitável. Só em julho quatro municípios do Araguaia entraram com decretação de situação emergência. São eles: Querência (a 945 km de Cuiabá), Água Boa (a 739 km de Cuiabá), Canarana (a 823 km de Cuiabá) e Novo São Joaquim (a 339 km de Cuiabá).
Os técnicos da Defesa Civil estiveram nas localidades para confirmar in loco a situação e auxiliar nas documentações para concretizar o decreto. Posteriormente à etapa das documentações concluída, a prefeitura do município emite o decreto para que o Estado realize a homologação. Assim, os municípios podem pedir ajuda financeira ou humanitária tanto ao próprio Estado ou ao Governo Federal, como explica o secretário Adjunto da Defesa Civil, tenente coronel Abadio da Cunha.
“A preocupação do Governo do Estado é para que os municípios estejam com o processo de decreto correto. A Defesa Civil vai in loco com essa finalidade para analisar a decretação e, sendo confirmada, seguida da homologação, para que os municípios consigam receber a ajuda necessária".
O município de Água Boa teve o maior número de pessoas atingidas pela estiagem, chegando a 15 mil, com prejuízo estimado em R$ 205 milhões no agronegócio. Dados levantados pela Defesa Civil apontam que Querência é a segunda cidade mais afetada. Cerca de 13 mil pessoas sentiram o reflexo da seca, que gerou perdas de R$ 183 milhões também na lavoura. Nessas cidades várias comunidades estão com até 100% de falta de abastecimento de água.
As pessoas de comunidades mais afastadas do centro urbano chegam a andar até dois quilômetros para garantir a água para beber. (Com Assessoria)
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