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Educação/Vestibular
Terça - 09 de Agosto de 2016 às 07:04
Por: Diário de Cuiabá

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Professores estaduais: depois de 67 dias de braços cruzados, eles preferem não trabalhar sábado
Professores estaduais: depois de 67 dias de braços cruzados, eles preferem não trabalhar sábado

Depois de 67 dias de greve na rede estadual de ensino, os alunos retornaram ontem às salas de aulas. E agora terão até o dia 31 de janeiro de 2017 para terminar o ano letivo referente a 2016. Isso porque a Secretaria de Estado de Educação apresentou ontem uma proposta de conclusão do ano letivo.

Desta forma, cerca de 85% das mais de 750 unidades de ensino no Estado terão até o último dia de janeiro do ano que vem para concluir os 200 dias letivos referentes a este ano.

Segundo o secretário adjunto de Políticas Educacionais, Edinaldo Gomes de Sousa, as unidades terão uma semana para apresentar o novo calendário de reposição, que podem ser feitas a partir do próximo sábado.

A paralisação e a obrigatoriedade de se cumprir os dias letivos vai influenciar também no calendário de 2017 que devem ter às aulas iniciadas somente em 13 de março, esse início vale também para as escolas que não aderiram ao movimento.

Edinaldo explica que para cumprir os dias letivos referentes a 2016, as unidades poderão utilizar os sábados, feriados ou pontos facultativos. No entanto, devem respeitar o período de 26 de dezembro até 09 de janeiro que devem ser correspondentes às férias de julho. Assim, aquelas unidades que ainda não tiverem terminado o calendário retomam as atividades em 10 de janeiro e devem terminar até o dia 31 de janeiro.

“A proposta será encaminhada para as escolas que devem em uma semana apresentar seu calendário. As escolas que não aderiram à greve devem seguir em ritmo normal. No entanto, o ano letivo de 2017 deve ter início com as outras, deve ser no dia 13 de março”, disse Gomes.

Para concluir o ano letivo de 2017 normalmente, as unidades terão que eliminar alguns pontos facultativos. Agora segundo o secretário adjunto as escolas deverão se organizar. Quanto ao movimento paredista que iniciou em 31 de maio e só findou no dia 05 de agosto, última sexta-feira. Edinaldo diz que a secretaria entende que não havia a necessidade do prolongamento da greve, mas apesar de ter ocasionado grande prejuízo afirma que todo e qualquer movimento é importante nas lutas.

“Nós sentimos muito porque os nossos alunos da rede pública já têm certa deficiência na concorrência com os alunos das unidades particulares. A nossa luta agora é para garantir a conclusão do ano letivo até 31 de janeiro”, confirmou Edinaldo Gomes de Sousa.

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) afirma que é totalmente contrário à reposição de aulas aos sábados. De acordo com presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento não há nenhum impedimento para que se trabalhe aos sábados, mas “por uma série de fatores”, o melhor é que seja apenas de segunda-feira a sexta-feira.

Henrique diz que mesmo utilizando os sábados o calendário letivo irá além deste ano. “A Seduc terá que dizer quando inicia e quando termina o ano letivo. Mas não vai haver engessamento, ela não pode atrapalhar a autonomia das escolas. Serão oferecidos os 200 dias letivos, mas cada um dentro de sua especificidade. Na prática, tem 38 dias para serem repostos e não existe vínculo do calendário escolar com calendário civil”, diz Henrique Lopes.





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