Fagundes vê indícios de crimes e vota pela pronúncia do impeachment
O líder do Partido da República no Senado, Wellington Fagundes (MT), manifestou-se nesta terça-feira, 9, favorável à pronúncia do impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Integrante da Comissão Especial que analisou as denúncias, o republicano considerou que “há indícios de autoria” e da existência de crime de responsabilidade fiscal.
Em seu pronunciamento, afirmou que o país “precisa e vai superar o Impeachment”, de forma a liberar o Congresso Nacional para a “aprovação de matérias fundamentais para ajudar o Brasil a vencer esta crise”. Ao mesmo tempo, justificar as esperanças da sociedade por dias melhores.
Relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017, Wellington Fagundes lembrou que fez questão de fortalecer a transparência como requisito para os atos do Governo. Segundo ele, valores éticos e de transparência são essenciais à boa governança financeira, até mesmo para que o Brasil não viva novamente processos como o que recai contra Dilma.
Ele também destacou “o resgate da respeitabilidade e da credibilidade da peça orçamentária como sendo grande prioridade”, visando dar condições estruturais de planejamento a todos os governos futuros. “Sem o Orçamento, sem uma Lei de Diretrizes Orçamentárias definida com antecedência e sem prescrição de prazos, podemos repetir esse caos que agora vivemos” – ele alertou.
Wellington lembrou que durante instrução do processo contra a presidente, ouviu e ponderou atentamente os argumentos da acusação, tanto quanto as alegações da defesa. “Tivemos muitas semanas de debates e, democraticamente, vencemos mais esta etapa, sempre respeitando o contraditório, a ampla defesa e a livre manifestação das partes” - destacou.
O líder republicano observou ainda que é compreensível a ansiedade da nação por uma decisão acerca do impeachment, e destacou que o prolongamento da expectativa contribui apenas para dificultar a construção de cenários econômicos favoráveis. Destacou ser necessário definir, de uma vez por todas, a quem cabe exercer a chefia do Executivo. Para o senador do PR, o Brasil é um país de oportunidades para se investir e colher resultados.
“Ao apreciar este processo – de forma ordeira, pacífica e democrática – indicamos à sociedade brasileira e ao mundo que nossas instituições são fortes, que os poderes do Estado desempenham suas tarefas de executar projetos, de legislar e de julgar. Que se respeitam, se complementam e se apoiam no cumprimento da tarefa de governar” - acrescentou.
Ao finalizar, reafirmou sua postura otimista: “Temos um país de fantástica riqueza natural. Somos um povo determinado, que sabe vencer os momentos difíceis; um país que sabe, com união, resolver os problemas internos. Mais do que nunca, acredito que são nos momentos de crise que conseguimos mostrar a nossa competência e, principalmente, a sabedoria de vencer todas as dificuldades”.
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