Inmetro vai certificar assentos de estádios e arenas esportivas
A analista de Metrologia e Qualidade do Inmetro Luciane Lobo explica que, apesar do curto prazo da consulta, o órgão recebeu um bom número de contribuições. "Esta primeira consulta pública é para analisar o que vai ser avaliado no produto. O prazo foi curto por causa da emergência do assunto, já que a Copa das Confederações é no ano que vem. Ainda não tabulamos as contribuições, mas tivemos bastante participação."
De acordo com ela, vai ser aberta esta semana outra consulta pública, sobre a avaliação de conformidade, para a determinação dos prazos para a implantação da norma. Luciene explica que já existem regras para a fabricação dos assentos plásticos, a Norma 15.925 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que não é obrigatória.
"A portaria do Inmetro incorpora as normas da ABNT e as exigências da Federação Internacional de Futebol [Fifa] e deve ser publicada no início de outubro. Ela será compulsória, todos os fabricantes terão que seguir as exigências. Se algum estádio colocar assentos que não estejam conforme as novas regras, terá que trocar".
A empresa que vai fornecer os 78 mil assentos para o Maracanã informou, por meio de nota, que o modelo das cadeiras segue o mesmo padrão das instaladas em estádios como o Allianz Arena, em Munique, que recebeu jogos da Copa do Mundo de 2006, e do Parque Aquático Olímpico de Londres. E considera positiva a certificação do produto.
"A giroflex-forma considera positiva a iniciativa do Inmetro e pensa que ela poderia até mesmo ser ampliada para todos os tipos de assentos e, não somente, para os assentos de estádios. Hoje, temos assentos para uso corporativo, nos quais os usuários ficam até oito horas ou mais sem nenhum respaldo de ergonomia e segurança."
De acordo com a nota, os assentos fabricados já seguem todas as recomendações da ABNT e da Fifa sobre segurança, resistência e durabilidade.
As normas estabelecem critérios de resistência à carga, impacto e corrosão, durabilidade e não propagação de chamas, além de exigir que o assento seja fabricado em material reciclável.
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