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Agronegócios
Sexta - 12 de Agosto de 2016 às 21:30
Por: Raquel Teixeira | Sedec-MT

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Gcom-MT/Chico Valdiner

Mato Grosso iniciará 2017 com uma mudança no calendário de vacinação contra a febre aftosa para o rebanho bovino e bubalino do estado. Na etapa de maio será vacinado o gado em todas as faixas etárias, de mamando a caducando - anteriormente eram vacinados nesta etapa apenas os animais de até 24 meses. Já em novembro serão imunizados rebanhos com até dois anos. Nesta sexta-feira (12.08), em Rondonópolis, o governador Pedro Taques e o ministro de Agricultura Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, assinaram um protocolo instituindo a alteração no calendário.

A mudança das etapas será publicada em uma portaria conjunta da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). A vacinação na região do Pantanal permanecerá com o mesmo calendário, de uma única vacinação de todo o rebanho em novembro e para os produtores que desejam fazer movimentação de rebanho, uma segunda etapa quando tiver ultrapassado seis meses da última vacinação.

O presidente do Indea, Guilherme Nolasco, explicou que do ponto de vista da defesa sanitária não há nenhum prejuízo aos resultados de cobertura vacinal. Ele acrescenta que outros estados já inverteram o calendário. “Uma intensa campanha de divulgação será realizada após a etapa de vacinação deste ano, comunicando e massificando a mudança que valerá a partir de 2017. Teremos como em todos os anos o amplo apoio do Fundo Estadual de Sanidade Animal nessa atividade para que o estado continue mantendo o status de cobertura vacinal e de livre da febre aftosa com vacinação”, apontou Nolasco.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Tomczyk, pontuou que a demanda pela inversão das etapas de vacinação vinha sendo reivindicada há muitos anos pelos produtores mato-grossenses e foi validada pelo Mapa. “Os produtores solicitaram a inversão para que o manejo do gado seja feito na época da seca e não no período de chuvas, em novembro”, observou Ricardo, destacando que a secretaria atua para que todos os segmentos produtivos do estado tenham voz em suas reivindicações.

Economia e status sanitário

O governador Pedro Taques considerou a inversão no calendário de vacinação uma vitória para os produtores mato-grossenses e ressaltou os bons números da pecuária mato-grossense, que tem o maior rebanho bovino comercial do Brasil, com 29,2 milhões de cabeças e é o segundo maior exportador de carne do país.

“Somos livres da febre aftosa há muitos anos. É a terceira ação mais aproximada junto ao ministério desde que o ministro Blairo assumiu. Agora conseguimos a inversão do calendário da vacinação. Isso representa economia para os produtores do nosso estado. Não existem lados na nossa gestão. Existe o interesse da sociedade mato-grossense e é em busca disso que viemos aqui hoje. Mais uma vitória do Indea e dos produtores rurais de nosso estado”, ressaltou o governador, acrescentando que o trabalho desenvolvido pelo instituto responsável pela sanidade animal e vegetal conseguiu importantes conquistas como o status livre da aftosa com vacinação e livre da peste suína clássica, ambos reconhecidos pela Organização Internacional de Zoonoses e Epizootias.

Maggi destacou a importância da inversão das etapas para a pecuária de Mato Grosso, frisando que os produtores estimam uma economia de 120 milhões ao ano com a mudança. “No ministério temos um orçamento engessado. Para fazer com que o agronegócio ande, tenho que olhar para dentro do Mapa e, junto com os setores produtivos e as federações e associações, perguntar o que pode ser melhorado. Quais são as preocupações e formas de economizar. Isso está sendo feito. Isso se chama gestão. Temos que comemorar a forma como estamos conduzindo as coisas no Ministério da Agricultura e no Governo do Estado. É um pleito muito antigo e nunca foi realizado e não custa absolutamente nada para o governo federal. Basta ter o entendimento do que é melhor”, finalizou o ministro.

Mato Grosso é o segundo maior exportador de carne bovina do país. No ano passado foram exportadas 298 mil toneladas. União Europeia, Oriente Médio e a China são os maiores compradores da carne mato-grossense. O estado deverá ser o responsável por 25% das exportações de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos, mercado aberto recentemente após negociações bilaterais.





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