Operação Rêmora
Empresário revela grupo de WhatsApp para fraudes na Seduc-MT Dono da Aroeira ainda conta que avisou Permínio sobre cobrança de propina
Em depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no dia 22 de julho , o empresário Ricardo Sguarezi, um dos sócios proprietário da Aroeira Construções, revelou aos delegados e promotores de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que informou pessoalmente o ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, a respeito da cobrança de propina feita pelo empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construções, para sua empresa receber pelos serviços prestados a Secretaria de Educação. A propina variava de 3% a 5%.
O empresário informou que foi até o escritório sediado no Avant Garden Business acompanhado de seu pai, José Adalberto Sguarezi, e ficou constrangido ao tomar conhecimento de que o empresário Giovani Guizardi estaria no local. “Ficou surpreso ao saber que se tratava do escritório do tal Giovani Guizardi, que o declarante ficou constrangido ao ver Giovani, pois já tinha falado para o então secretário de Educação, Permínio Pinto, sobre o percentual indevido que estava sendo cobrado pelo Giovani”, diz um dos trechos do depoimento.
Sguarezi revelou ainda que na reunião liderada por Giovani Guizardi estavam presentes os empresários Luiz Fernando Rondon, da Luma Construtora, Julio Yamamoto, da Apolus Construtora, e Leonardo Rodrigues, da JER Construtora. A pauta da reunião era a redução do percentual da cobrança de propina de 5% para 3%.
Ainda ficou acertado que a cobrança da propina em relação aos contratos anteriores seria de 5%. Porém, Sguarezi revelou que após esse episódio, resolveu se desligar do grupo e não participar mais de reunião sendo que deixou até as redes sociais em que os empresários debatiam os negócios para fraudar obras na Secretaria de Educação de Mato Grosso. “Diante de tudo isso, o declarante o resolveu afastar-se de tudo que dizia respeito aos novos contratos da Seduc, saindo do grupo do Whatsapp, não participando de nenhuma reunião e nem participando de outras reuniões”.
Diante das duas fases da "Operação Rêmora", seguem presos cinco pessoas. São o ex-secretário Permínio Pinto, os ex-servidores Fábio Frigeri, Wander Luiz dos Reis e Moisés Dias da Silva, além do empresário Giovani Guizardi.
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