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Variedades
Terça - 16 de Agosto de 2016 às 07:21
Por: Valéria Del Cueto/Especial para o Diário de Cuiabá

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Mais uma vez, dançarinos e dançarinas do Flor Ribeirinha trouxeram a alegria do folclore mato-grossense para encantar pessoas de todo o mundo
Mais uma vez, dançarinos e dançarinas do Flor Ribeirinha trouxeram a alegria do folclore mato-grossense para encantar pessoas de todo o mundo

“Zabumbar no fio da navalha é a nossa saída mais potente... a gente não faz festa porque a vida é fácil. A gente faz festa exatamente pela razão contrária”. A reflexão do historiador Luiz Antônio Simas, (coautor do “Dicionário da História Social do Samba”, em parceria com Nei Lopes, entre muitas outros livros) que, no jornal O Dia, assina uma coluna semanal sobre a cultura das ruas cariocas, explica a extensão da alegria vigente por aqui nos últimos dias.

A cidade, nem sempre bem-humorada diante dos acontecimentos recentes, se rendeu a seu próprio charme, assumiu suas mazelas e faz o que pode: depois de uma largada espetacular e alto astral vai arrumando os problemas que surgem. Alguns bem conhecidos e comuns para seus moradores. Tudo isso, fazendo festa! Esta é a sensação que qualquer pessoa tem, ao andar pelos locais preparados para circuito olímpico.

Depois da abertura com um dia clássico de Cidade Maravilhosa, nem Deus poderia manter o clima firme e limpo em pleno agosto. Aquele, o mês do cachorro louco. Ventanias provocaram o adiamento de provas e transtornos gerais. Os de trânsito acontecem a toda hora. E ainda tem o incrível e misterioso tom esverdeado da piscina do Parque Aquático...

No mais, é mais festa. Nos complexos esportivos, em Copacabana e no recém-inaugurado Boulevard Olímpico, região do Porto Maravilha onde a estrela maior é a Pira Olímpica, na Candelária.Além dos mega espaços dos patrocinadores, o Rio está bombando.

Especialmente as Casas dos países participantes dos Jogos espalhadas pela Zona Sul, Centro e Barra da Tijuca. São muitas. Algumas definitivamente concorridas e cheias de atrações, como a do Qatar, sede da Copa de Futebol de 2022. A riqueza (muita) e as atrações do país são apresentadas com a utilização de recursos tecnológicos de última geração e a reprodução de um mercado árabe. Como resistir a tantos atrativos?

25 das 52 casas são públicas e tem livre acesso. Poucas cobram ingressos. 27 só permitem a entrada de convidados e cidadãos do país. Caso da Casa da Rússia, no Clube Marimbás, em Copacabana. Lá está o protótipo do SportJet, avião da Sukhoi Civil Aircraft Corp de 60 lugares para equipes e delegações esportivas. Com soluções para descansar, recuperar e relaxar atletas no ar, inclui equipamentos fisioterápicos, poltronas que monitoram informações biométricas, áreas de reunião para análise de jogos, competições e equipe administrativa. A empresa planeja seu primeiro jato para o início da temporada de 2017-2018. Está em negociações com federações e times interessados.

Foi na Casa Brasil, no Armazém 2, na área do Porto Maravilha, que Mato Grosso fez sua apresentação olímpica irmanado com Mato Grosso do Sul (a escolha dos Estados foi sorteio). Mostraram a comida pantaneira, danças típicas e muita cultura.

Índios paramentados circularam pelo lounge do Rio Media Center. No ponto de reunião dos jornalistas do mundo inteiro que cobrem os Jogos 2016, divulgaram o roteiro do etnoturismo por aldeias da Rota Parecis. O luthier de violas de cocho, Alcides Ribeiro, explicava como é a produção do instrumento típico da cultura pantaneira ladeado por fotos de Caroline De Vita.

E o Flor Ribeirinha? Ah, o Flor Ribeirinha... Depois da apresentação no auditório da vitrine do país nos Jogos incutiu de se apresentar para o público no Boulevard Olímpico. A falta de equipamento de som não foi problema para Dona Domingas que dispensou o impedimento com um simples “Dei(t)xa com a gente!”

As batidas no mocho, o dedilhar da viola de cocho e o ganzá, puxando o bailado do grupo, fizeram o efeito de sempre. O cururu e o siriri atiçaram a curiosidade dos passantes e a cantoria do São Gonçalo Beira Rio foi um espetáculo inesperado que encantou os visitantes.

DJs, Vjs, comidas típicas e atrações variadas animam os ambientes. É muita programação. Tanta que, em alguns momentos, é preciso lembrar o motivo principal de toda a movimentação: as competições esportivas mais importantes do planeta!

E os cariocas? Junto com os visitantes torcem, deliram e fazem a festa...

* Valéria del Cueto é jornalista, fotógrafa e gestora de carnaval. Crônica da série “Arpoador” do Sem Fim...





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