McDonald’s compra carne em Alta Floresta McDonald’s anuncia compra de carne produzida em áreas com práticas sustentáveis; A primeira remessa sai de MT
A Arcos Dourados no Brasil – empresa que administra a marca McDonald’s em 20 países da América Latina – anunciou nesta quarta-feira, 17 de agosto, que vai comprar carne de áreas praticantes de pecuária sustentável. Com esse gesto, a empresa será a primeira do segmento de serviço rápido a adquirir o produto proveniente de regiões verificadas. Inicialmente, serão 250 toneladas por ano, mas o projeto prevê que ao longo dos próximos anos, 100% da carne utilizada na rede venha dessas áreas.
A companhia investe em iniciativas sustentáveis e tem como desafio encontrar mais oportunidades dentro de sua área de atuação. “Somos uma empresa cujo principal produto é feito de carne bovina. Por isso, temos papel fundamental nessa cadeia produtiva. Com esse projeto de pecuária sustentável, vamos contribuir diretamente para a conservação do meio ambiente, além de estimular o consumo responsável desse produto”, afirma Leonardo Lima, diretor de Sustentabilidade da Arcos Dorados.
“Essa conquista só foi possível graças à preocupação do McDonald’s com a sustentabilidade, assunto prioritário dentro da companhia. Prova disso são as certificações que foram conquistadas junto a entidades de relevância no setor, como a MSC para o peixe do McFish, a FSC para as nossas embalagens, e a Rainforest Alliance para o nosso café. Temos orgulho por sermos pioneiros em mais um avanço sustentável, sempre contando com o indispensável apoio de nossos parceiros e do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS)”, destaca o executivo.
A primeira remessa de carne será proveniente do Programa Novo Campo, que fica no município de Alta Floresta, no norte de Mato Grosso. O projeto foi implementado pela empresa Pecuária Sustentável da Amazônia (Pecsa), responsável por captar recursos financeiros e implantar as boas práticas nas fazendas, conjuntamente com o Instituto Centro de Vida (ICV), responsável pelo monitoramento das práticas. A JBS é parceira do Programa, garantindo a compra e o processamento da carne.
"A iniciativa tem grande valor. A cada dia está mais difícil para o produtor rural continuar na atividade sem se preocupar com sustentabilidade. E isso é sentido até pela própria demanda do consumidor, que já começa a exigir carne com rastreabilidade, que não tenha origem em áreas ilegalmente desmatadas ou de qualquer exploração irregular”, afirma Fernando Sampaio, presidente do GTPS.
“Para a Pecsa, que é pioneira na Amazônia em dar garantia total da origem dos animais, a parceria com a McDonald’s é muito promissora, pois é uma empresa líder de mercado que está se colocando para ser parte da solução da cadeia da pecuária”, explica Vando Telles, Diretor Executivo da Pecsa.
"Temos orgulho de ter iniciado e contribuído efetivamente na construção do Programa Novo Campo. Nossos esforços agora são para consolidar essa cadeia de pecuária sustentável. Atuaremos diretamente no monitoramento dos requisitos legais, produtivos, ambientais e sociais, bem como dos compromissos assumidos por todos os envolvidos, para o estabelecimento de uma pecuária sem desmatamento. Assim, garantimos a segurança e a confiança necessárias para agregarmos parceiros de todos os elos da cadeia produtiva, como aconteceu com o McDonald’s, que compartilham desse mesmo objetivo”, reforçou Francisco Beduschi, coordenador da Iniciativa de Pecuária Sustentável do ICV.
Para Márcio Nappo, Diretor de Sustentabilidade da JBS, “a iniciativa do McDonald’s mostra a real importância da pecuária sustentável e ajuda a fortalecer a relação de toda a cadeia de valor até a chegada do produto ao consumidor final. Para a JBS, que tem como objetivo estreitar essa conexão entre produtores e mercados, é essencial contar com parcerias como esta. Estamos muito satisfeitos em poder oferecer produtos que atendam as exigências socioambientais e necessidades de nossos clientes”, afirma.
O secretário adjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Possebon, acompanhou o lançamento do programa em São Paulo e destacou que a iniciativa gera ganhos para toda a cadeia produtiva da pecuária e vai ao encontro da Estratégia PCI – Produzir, Conservar e Incluir, do Governo do Estado. “O PCI tem no sistema de governança buscar a eficiência da produção agropecuária e florestal de Mato Grosso, aliada à conservação da vegetação nativa e recomposição dos passivos ambientais”, pontuou o secretário.
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