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Economia
Quinta - 18 de Agosto de 2016 às 11:42
Por: Redação

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, disse nesta semana, em Cuiabá, ao presidente do Partido Progressista (PP) de Sinop, Dalton Martini, que as licenças prévias para a obra da Ferrovia Ferrogrão, ligando Sinop a Miritituba (PA), já estão sendo providenciadas pelo governo. Blairo, que apoia a candidatura de Dalton para a Prefeitura de Sinop, cumpriu agenda com o candidato para tratar do processo eleitoral de outubro.

“O Governo Federal vai colocar em pouco tempo uma nova ferrovia em licitação e que sairá de Sinop até Miritituba. Isso trará um grande desenvolvimento à região. O que já é um polo, uma cidade referência, será mais ainda. Grandes investimentos virão nesta direção”, afirmou o ministro a Dalton Martini. A Ferrogrão deve custar próximo de R$ 10 bilhões.

A expectativa da União é que ainda neste segundo semestre a Empresa de Planejamento e Logística-EPL, ligada à secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), solicite ao Ibama análise quanto à viabilidade ambiental da Ferrogrão. O aval do órgão é considerado essencial para os planos do governo, pois, a partir dele, estará apto a realizar a licitação do empreendimento. Quem vencê-la dará continuidade aos estudos iniciais.

A Ferrogrão faz parte do antigo Programa de Investimentos em Logística (PIL), do Governo Federal, e sua construção é pretendida pelas principais tradings do agronegócio (ADM, Amaggi, Bunge, Cargill, Louis Dreyfus), consorciadas com a Estação da Luz Participações Ltda. (EDLP). Juntas, as multinacionais respondem por aproximadamente 70% das exportações de soja.

Os estudos de viabilidade econômica, técnica e ambiental elaborados pela EDLP para subsidiar a elaboração do edital e do leilão da ferrovia já foram aprovados pelo Ministério dos Transportes. Segundo a EDLP, a Ferrogrão deverá transportar cerca de 15 milhões de toneladas de grãos (soja, milho e farelo de soja) no sentido exportação em um primeiro momento, podendo atingir cerca de 30 milhões no futuro. A projeção leva em conta o crescimento da área plantada e o aumento da produtividade da área de influência da ferrovia entre Sinop e Miritituba.

De acordo com o Relatório de Estudos Preliminares da Estação da Luz, a ferrovia prevê a existência de um polo de captação de carga de exportação em Sinop e outro de transbordo para barcaças do distrito de Miritituba, no município de Itaituba (PA).

Para o progressista Dalton Martini, o corredor ferroviário, que passará ao lado da BR-163 em Sinop, pode dar fôlego à economia local, mas vai exigir que a infraestrutura do município esteja preparada.

“A ferrovia vai trazer progresso para Sinop, mas também teremos que preparar melhor a cidade. Junto com a obra virão mais moradores, a necessidade de mais escolas, creches, de leitos hospitalares, de moradias. Não só olhar o lado econômico, mas também o humano para que a população não sofra pela falta de planejamento. O desenvolvimento deve chegar para todos e não só para um ou outro”, defendeu.

Conforme Dalton, a demanda por serviços essenciais deve aumentar porque Sinop se tornará um polo de recebimento de toda produção de grãos que sairá das regiões produtoras e armazéns. Nesta cidade serão realizados o carregamento e a formação de trens que partirão sentido Miritituba.

As obras da linha férrea podem começar ainda em 2019, com prazo de execução de cinco anos.





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