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Economia
Quinta - 18 de Agosto de 2016 às 15:51
Por: Renata Menezes | Sedec-MT

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Rafaella Zanol/Gcom-MT

A Câmara Técnica de Política Agrícola e Crédito Rural (CPACR) aprovou em reunião nesta quarta-feira (17.08) 71 cartas consulta totalizando R$ 219 milhões destinados para a aquisição de matrizes, equipamentos e insumos agrícolas, correção de solo, irrigação e piscicultura, estes dois últimos são consideradas prioridades do estado. A estimativa é que gere 128 empregos diretos e 244 empregos indiretos.

Diversos municípios foram contemplados com projetos aprovados, como: Cáceres, Canarana, Juína, Vila Rica, Chapada dos Guimarães, Porto Espiridião, Acorizal, Colider, Alta Floresta, Tesouro, Querência, Sorriso, Juruena, Nova Ubiratã, Santo Antônio do Leverger, União do Sul, Paranatinga, Poconé, Cuiabá, Mirassol D’Oeste, dentre outros.

FCO 2017

Associações produtivas do estado apresentaram propostas para financiamento do FCO no próximo ano, que serão encaminhadas para a aprovação pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) apresentou projeto para retenção de fêmeas bovinas de corte nas microrregiões de cria de Mato Grosso, com base em estudo realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) apresentou propostas para criação de uma linha de financiamento para retenção de matrizes suínas em Mato Grosso, com objetivo de incentivar, viabilizar e/ou consolidar o desenvolvimento da suinocultura no estado.

Já a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) sugeriu para inserção no FCO de 2017 uma linha de financiamento de construção de armazéns, afim de incentivar a construção e a ampliação de novos armazéns, tendo como beneficiários os produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas e cooperativas rurais de produção.

Estudo Imea

Após a aprovação dos projetos, o superintendente do Imea, Daniel Latorraca apresentou um estudo do instituto intitulado ‘Análise do impacto das metas do PCI para o agronegócio de Mato Grosso’ que acaba de ser lançado. O programa estadual Produzir, Conservar e Incluir (PCI) tem como principais metas reduzir o desmatamento ilegal a zero até 2020 e realizar ações para conter o aquecimento global.

Latorraca apresentou dados estatísticos baseados nas metas estipuladas pelo programa, levando em conta as características de cada eixo. “O governo apresentou ao mundo o seu programa, que, de fato, tem uma importância relevante sob ponto de vista socioeconômico para o estado e, até para o mundo. É nesse momento que o estudo que elaboramos poderá ajudar a criar alternativas que minimizem os impactos negativos, debatendo diretamente com todas as entidades, produtores, empresários e com poder público”, analisou Daniel.

O superintendente destacou ainda algumas considerações, como por exemplo, a meta estadual de recuperar 2,5 milhões de hectares de páreas de pastagem de baixa produtividade estima-se que o custo total para os pecuaristas giraria em torno de R$ 6,16 bilhões, além disso, a proposta para o aumento de produtividade de 50kg/ha/ano implicaria no aumento do custo operacional de produção da bovinocultura de corte em 44%, visto que terão uma maior despesa com pastagem, reposição, entre outros.

“Levaremos este estudo ao conhecimento de todos os setores que estão diretamente envolvidos com o PCI para que, juntos, nós do governo, entidades e os segmentos produtivos possamos colocar em pauta os questionamentos apontados e refletir quais possíveis soluções que minimizem os impactos na economia do estado”, afirmou Eldo Orro, superintendente de Políticas Agrícolas da Sedec.

FCO

O Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) foi criado pela Constituição Federal de 1988 com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social da Região Centro-Oeste. As empresas e os produtores rurais que desejarem iniciar, ampliar ou modernizar atividades produtivas, na Região, podem contar com o apoio do FCO para financiar seus empreendimentos com longo prazo de pagamento e baixas taxas de juros. Para solicitar financiamento com recursos do FCO, o interessado deve ser empresário ou produtor rural que desenvolva atividades no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul.

Uma das principais vantagens em obter financiamento com recursos do FCO é a baixa taxa de juros das operações. A taxa é definida na legislação do FCO e varia de acordo com o porte de cada cliente. Além de contar com taxas de juros reduzidas, o cliente que efetuar o pagamento da parcela até a data do vencimento receberá também um bônus1 que diminuirá ainda mais o valor da prestação.

FCO Empresarial

Tem como público-alvo as pessoas jurídicas de direito privado que se dedicam à atividade produtiva nos setores industrial, agroindustrial, mineral, turístico, comercial, de serviços e de infraestrutura econômica, inclusive empresas públicas não dependentes de transferências financeiras do Poder Público.

FCO Rural

Destinado a produtores rurais, na condição de pessoas físicas e jurídicas, suas cooperativas de produção e associações que se dedicam à atividade produtiva no setor rural.





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