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Economia
Segunda - 29 de Agosto de 2016 às 06:51
Por: Silvana Bazzani/A Gazeta

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Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em Mato Grosso já foram comunicados sobre o aumento no preço do botijão a partir de setembro. De acordo com a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg), a majoração prevista para todo o país está na média de 10% e antecipa o reajuste de acordos coletivos de trabalho que anualmente ocorrem nesse mês, além de ajustes nos custos operacionais.

A entidade deixa o alerta para a elevação dos custos de operação das revendas, que além de adquirir o insumo mais caro terão, também, que reajustar salários dos funcionários. Em Mato Grosso, o preço médio atual do botijão de gás de cozinha (13 kg) é de R$ 71,32, mas varia até 54,71% em todo o território estadual.

Em algumas localidades, o insumo pode ser adquirido por R$ 53, enquanto em outras chega a custar R$ 82, numa diferença de R$ 29 por botijão, segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Cuiabá é o município onde o preço apresenta a maior variação, chegando a 26,98%, ao oscilar do mínimo de R$ 63 ao máximo de R$ 80. Ainda na Capital, o preço médio do botijão de gás (13 kg) em agosto alcança R$ 70,64, média superior àquela registrada pela ANP em Cáceres (R$ 61,03) e inferior às médias de Várzea Grande (R$ 71,38), Alta Floresta (R$ 74,17), Sinop (R$ 73,69) e Sorriso (R$ 79,29).

Rondonópolis apresenta patamar equivalente, com média de R$ 70,58 em agosto. Além disso, o preço médio vigente em Mato Grosso ainda aparece como maior do país e é 16,91% superior à média verificada em agosto de 2015, quando custava R$ 61. De lá para cá, o valor do produto subiu R$ 10,32.

Empresário do setor varejista, Humberto Botura está à par do reajuste e prevê que o preço do gás de cozinha fique entre 8% a 11% mais caro para o consumidor final ainda na 1ª quinzena de setembro. “Esse reajuste é anual. Mas, o preço sobe agora e depois ajusta num patamar menor, por causa da concorrência”, comenta. Ele afirma ainda que os trabalhadores do setor pleiteiam 15% de incremento nos salários, mas a tendência é fechar a negociação com a recomposição da inflação.

Sobre os atrasos pontuais nas entregas de gás que passaram a ocorrer este ano, Botura afirma que a situação não está totalmente normalizada, mas descarta a possibilidade de faltar o produto para o consumidor.

No restaurante Alex, em Cuiabá, o gasto mensal com o gás (P45) chega a R$ 7 mil, como informou o funcionário Mateus Garcia de Carvalho Bastos. “São 670 litros por entrega e pagamos, em média, R$ 4,72 por cada litro”.

Conforme a administração do estabelecimento, que afirmou desconhecer a previsão de reajuste para o próximo mês, será um custo a mais que se soma àqueles registrados este ano. “Houve uma alta generalizada, mas não reajustamos proporcionalmente os preços ao consumidor. E a solução para não perder cliente é comprimir a margem de lucro”.

Outro lado

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás) informou, por meio de nota, que os preços do Gás LP são livres em todos os elos da cadeia. “Não há tabelamento e, por isso, os preços sofrem variações para cima e para baixo de maneira não uniforme. No mês de setembro, há uma pressão natural sobre os preços em função da data-base da categoria. Os custos totais são impactados nessa época também pela folha de pagamento, que corresponde de 30% a 40% do custo total do produto”, diz o texto.

O sindicato afirma ainda que, como o mercado tem autonomia para fixar seus preços, o Sindigás orienta o consumidor a pesquisar os valores cobrados pelas revendas e escolher aquele fornecedor que oferece não só preços mais vantajosos, mas também os melhores serviços. As distribuidoras têm também telefones 0800, por meio dos quais orientam seus consumidores.





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