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Politica MT
Terça - 30 de Agosto de 2016 às 07:01
Por: G1

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O senador Cidinho Santos (PR-MT) foi o 18º senador a interrogar a presidente afastada Dilma Rousseff. Ele usou seus minutos de fala para questioná-la sobre os gastos do governo em 2014, que, segundo ele, deram a impressão de que o governo estava fazendo diversas obras e programas sociais em várias áreas. "Isso nos fez acreditar no seu projeto de reeleição. Entretanto, logo no início do seu mandato, em janeiro de 2015, vimos no seu mandato uma realidade diferente", afirmou ele.

Santos, que é suplente do senador Blairo Maggi e assumiu o cargo de senador em maio deste ano, quando Maggi foi convidado a comandar o Ministério da Agricultura pelo presidente em exercício Michel Temer, citou "cortes em programas importantes", como o Minha Casa, Minha Vida, o Fies, o Pronatec e a construção de creches.

Ele também afirmou que o déficit anunciado foi muito maior do que o prometido, criticou o "reajuste de 20% na gasolina, a escalada do desemprego, chegando hoje a quase 12 milhões de desempregados", e a falta de pagamento do governo a diversas empresas.

"A senhora propos um programa de governo e logo em janeiro, após a posse, começou outro governo diferente do que propos", concluiu ele, perguntando à presidente afastada se, durante a campanha eleitoral de 2014, ela tinha conhecimento da situação em que a economia se encontrada, se "houve falta de transparência [do governo ao povo e ao Congresso" ao apresentar alternativas para "sair dessa crise".

Discordância

Em sua resposta, Dilma Rousseff respondeu que não concorda com os fatos apresentados pelo senador Cidinho Santos em sua fala. "Quero dizer ao senhor que ao longo de 2015, nós fizemos alguns ajustes, mas acho que o senhor não está informado. Nós não suspendemos o Minha Casa, Minha Vida. Quem suspendeu o Minha Casa, MInha Vida, senador, foi, recentemente, o governo provisório", iniciou ela.

"Nós não só mantivemos [o programa], como entregamos inúmeras casas que estavam em construções. Contratamos 4 milhões de casas e entregamos 2,6 milhões. Não concordo com os dados que o senhor apresentou. Há aí uma confusão de época."

Em relação ao Minha Casa, Minha Vida, Dilma afirmou que seu governo iniciou um "processo de revisão da fase 3" do programa, apresentando alternativas. Ela também acusou o governo provisório de cortar o financiamento habitacional para a população com "faixa 1" (de renda de até cerca de R$ 2 mil, que, segundo ela, representa "de 70% a 80% do déficit habitacional").

Ela disse que o corte feito pelo governo provisório tem uma características: "a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida foi interrompida sim, e foi substituída pelo crédito Minha Casa, Minha Mansão, por conta de que só os empreendimentos acima de R$ 3 milhões eram objeto do financiamento".

"Quanto ao Pronatec, não acabamos com o Pronatec. Quem são os nossos parceiros? O Sistema S, e o Sistema S pode dizer ao senhor que a suspensão do Pronatec se dá agora, em 2016. Quanto ao Fies: não suspendemos o Fies, o que acontecia é que melhoramos a gestão do Fies. O Fies tinha um problema sério, financiava pessoas que tivessem zero em português. Acabamos com isso. Escolhemos instituições. As que tiveram nota baixa do MEC não seriam consideradas. Não tem por que aceitar que pessoas de baixa renda tenham acesso a uma educação piorada. Isso posso dizer em várias outras áreas", disse ela.

"Nós em fevereiro pedimos ao congresso para elevar a 120 bilhões. Porque queríamos pagar todas as obras do Minha Casa, Minha Vida, de mobilidade urbana, pagar todos os recursos utilizados na área de saúde."





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