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Sábado - 17 de Setembro de 2016 às 07:44
Por: Diário de Cuiabá

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Após oito anos, seis vereadores do município de Nova Bandeirantes acusados de cobrar propina de até R$ 50 mil para aprovação das contas do ex-prefeito Valdir Barranco (PT) serão interrogados pela Justiça.

A audiência de instrução e julgamento está programada para as 16h30 desta sexta-feira (16) no fórum do município de Nova Monte Verde.

Serão interrogados os ex-vereadores Jeremias Menezes Baiocho, Sandro Roberto da Silva, Darci Antônio Vicentim, Adenilson Lúcio Otênio, João Batista da Silva e Silas da Silva.

Todos foram presos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em 2008 após um flagrante de cobrança de propina direcionado ao então prefeito Valdir Barranco.

Um dos presos em flagrante recebendo dinheiro na época é o atual candidato a vice-prefeito, Jeremias Menezes Baiocho (PP), na chapa encabeçada pelo candidato a prefeito Valdir Rio Branco (PSD).

Na época, o prefeito recebeu os parlamentares em seu gabinete e fingiu que estaria aceitando a chantagem ao ceder um pagamento adiantado. No entanto, após a saída dos vereadores, houve a prisão em flagrante pelo Gaeco que, posteriormente, decidiu denunciá-los à Justiça por corrupção passiva.

Na época, o episódio ganhou repercussão nacional com uma reportagem exibida no jornal Hoje da TV Globo.

Em 2008, Valdir Barranco teve as contas de gestão reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas posteriormente aprovadas pela Câmara Municipal.

Por conta disso, não conseguiu obter o registro de candidatura perante a Justiça Eleitoral nas eleições de 2014 por conta da lei da Ficha Limpa, que barra a candidatura dos condenados em órgão colegiado.

Mesmo concorrendo sub judice, Barranco somou 19.227 votos, mas com seu impedimento quem assumiu a vaga foi o coronel reformado da Polícia Militar, Pery Taborelli (PSC), que somou 18.526 votos.

Porém, no dia 17 de agosto, o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luiz Fux, acolheu recurso extraordinário e determinou a validade dos votos de Barranco.

A decisão se baseou no entendimento firmado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), na sessão plenária realizada no dia 10 de agosto, de que cabe às câmaras municipais a responsabilidade pela aprovação das contas de gestão e governo e aos TCEs somente a emissão de pareceres técnicos meramente opinativos.

A defesa de Barranco já protocolou no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) o pedido de recontagem dos votos e para que seja expedida ordem para a mesa diretora da Assembleia Legislativa empossá-lo no mandato de deputado estadual. (RC)





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