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TRE já flagra compra de votos em sete cidades de MT Grupo integrado descobre várias formas de corrupção eleitoral
O juiz coordenador do Gabinete de Gestão Integrada das Eleições, Lídio Modesto da Silva Filho, que também é juiz auxiliar da Presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, divulgou há pouco novas ocorrências registradas no interior do Estado. Em Pontal do Araguaia, após receber denúncia de compra de votos, o juiz Wagner Plaza, na companhia de policiais e em carro descaracterizado, abordou um veículo, no qual encontrou vários vales de combustível, duas cadernetas com anotações, santinhos e demais materiais de campanha, além de 580 reais em espécie.
Antes de saber quem estava abordando, o motorista informou que trabalhava para a prefeita de Pontal do Araguaia, candidata à reeleição. O motorista foi preso e levado para a Polícia Federal.
O material foi apreendido e será anexado ao processo que investigará prática de crime eleitoral. Em Barra do Garças, as polícias Federal e Civil cumprem 15 mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Wagner Plaza.
No município de Santo Antônio de Leverger, o juiz eleitoral determinou busca e apreensão de panfletos apócrifos contra o candidato a prefeito Valdirzinho, mas nada foi encontrado. Em Jaciara houve confronto entre cabos eleitorais de candidatos a prefeito.
A Polícia Militar precisou intervir para manter a ordem, inclusive com spray de pimenta. Não houve prisão.
Em Nova Canaã do Norte, o juiz eleitoral Walter Tomaz da Costa deferiu pedido de busca e apreensão de imagens de circuitos internos de três postos de combustíveis, por suspeita de fornecimento ilícito de combustíveis para carreata realizada no último dia 29. As imagens serão analisadas pela Justiça Eleitoral.
Em Comodoro um comerciante foi preso sob a acusação de compra de votos em favor de uma candidata a prefeita. Segundo a denúncia, dentro do seu estabelecimento comercial voltado para comercialização de calhas, estavam armazenados vários fardos de roupas para ser doados aos eleitores indígenas, na campanha eleitoral.
O comerciante informou a polícia que os 24 fardos de roupas foram comprados pelo esposo de uma candidata a prefeita no município e que o mesmo deixou as roupas com ele para serem doadas em uma comunidade indígena, na véspera da eleição. Questionado pela polícia se havia mais roupas, o comerciante informou que em sua residência havia mais 14 fardos, que também haviam sido comprados pelo marido da candidata, para serem distribuídos nas aldeias indígenas na região
Diante dos fatos, a polícia deu voz de prisão ao comerciante e o encaminhou para a Central de Operações da Policia Militar de Comodoro, para confecção do boletim de ocorrência. O comerciante pagou fiança de R$ 8.800 e colocado em liberdade. O juiz Marcelo Resende conduz as investigações.
Também foi registrada suposta tentativa de compra de votos indígenas em Pontal do Araguaia. Na terça-feira desta semana, o juiz Wagner Plaza recebeu denúncia pelo aplicativo Pardal de que havia galões de combustíveis para ser distribuídos à aldeia indígena de Sangradouro.
O denunciante encaminhou, pelo aplicativo Pardal, fotos de sete galões de desel escondidos em um posto de saúde abandonado no distrito de Pregão Grande. O magistrado Wagner Plaza determinou busca e apreensão do material, que agora se encontra sob a custódia da Polícia Militar.
A prefeitura alegou que o combustível, que soma 700 litros de diesel, seria utilizado para o transporte escolar. Contudo, até o momento, a prefeitura não apresentou as notas fiscais de compra do combustível.
Em Feliz Natal um cabo eleitoral foi preso conduzindo um Fiat Strada de cor vermelha, supostamente fazendo entregas de cestas básicas. O condutor do veículo, conforme a polícia, seria pai do atual prefeito, candidato à reeleição.
O Gabinete de Gestão Integrada das Eleições (GGI) está trabalhando em tempo integral a partir de hoje e assim permanecerá até o final da votação no domingo de eleição. Durante todo o sábado e domingo, o serviço de inteligência da Polícias Federal, Militar e Civil estarão trabalhando na prevenção e detecção de crimes eleitorais, em trabalho conjunto com o Ministério Público e juízes eleitorais.
O GGI é formado pelas seguintes instituições: Polícia Federal, Exército, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Marinha, Secretaria Municipal de Trânsito de Cuiabá, além de empresas fornecedoras de energia elétrica e água na Capital.
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