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Economia
Segunda - 10 de Outubro de 2016 às 17:32
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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A receita das exportações mato-grossenses soma de janeiro a setembro deste ano US$ 11,04 bilhões. O saldo supera em pouco mais de 11,6% os US$ 9,88 bilhões contabilizados em igual momento do ano passado.

Além do resultado positivo desses primeiros nove meses do ano, chama à atenção o incremento no volume físico embarcado. Enquanto a receita teve elevação de 11,67%, a movimentação em toneladas aumentou 31,47%, de 24,59 milhões de toneladas enviadas em 2015 para atuais 32,33 milhões de toneladas. Isso mostra que para se manter uma receita positiva, foi preciso vender mais, quase três vezes mais.

Setembro mostrou também que o comércio exterior, como já é esperado para essa época do ano, começou a perder fôlego e interesse, no entanto, o freio nos negócios foi bastante severo, já que o mês fechou com faturamento de US$ 799,61 milhões, o segundo menor deste ano, atrás apenas do contabilizado em janeiro, US$ 790,22 milhões. Já na comparação mensal, com agosto, a retração é de 16,25%, já que foram US$ 954,91 milhões contra US$ 799,61 milhões de setembro.

Já na série histórica de Mato Grosso para os meses de setembro, conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o desempenho registrado em 2016 é o pior desde 2010, quando em setembro daquele ano as exportações renderam ao Estado US$ 713,07 milhões. Vale lembrar, que o resultado financeiro muito próximo entre esses dois períodos tem uma realidade bastante diferente. Nesse intervalo de pouco mais de seis anos, Mato Grosso se tornou o maior produtor de milho segunda safra do país e com isso, passou a ter uma nova commodity para ser negociada justamente a partir do segundo semestre, opção de produto que em 2010 o Estado não tinha, dependendo apenas da movimentação do algodão.

PAUTA - E o milho é a commodity estadual que mais incrementou a receita, a expansão anual acumula 82%, são US$ 2 bilhões em vendas contra pouco mais de US$ 1,10 bilhão no acumulado de janeiro a setembro de 2015. Nos primeiros nove meses de 2016, Mato Grosso embarcou quase 12 milhões de toneladas do cereal. O milho fecha a pauta atual com participação de 18,20% sobre o faturamento total das exportações e segue como o segundo produto mais exportado.

O carro-chefe segue sendo a soja em grão, que sozinha é responsável por 50,22% da receita total. Em nove meses foram embarcadas 15 milhões de toneladas que geraram faturamento de US$ 5,54 bilhões, crescimento anual de 4%.

Também commodity de grande fluxo no segundo semestre, o algodão mato-grossense acumula no período, alta anual de 28,67%. Foram embarcadas 331,75 mil toneladas e o faturamento somou US$ 496,71 milhões.

Os embarques de carne bovina seguem em queda, encerrando o período com retração de 19,89%. A receita somou US$ 534,52 milhões até setembro contra US$ 667,22 milhões em igual período do ano passado. O volume físico embarcado também foi reduzido, de 150,74 mil toneladas para 138,10 mil toneladas.

DESTINOS – China, Irã, Países Baixos (Holanda), Indonésia, Tailândia são os principais destinos da pauta mato-grossense. A China, responsável por pouco mais de um terço de tudo que foi enviado até setembro, segue como o principal parceiro comercial de Mato Grosso e soma negócios de US$ 3,68 bilhões, cifras ligeiramente acima do resultado aferido em igual momento de 2015.

Entre os cinco maiores parceiros, destacam-se o Irã, com crescimento de 70% em relação às compras feitas no ano passado, de US$ 404,64 milhões para US$ 688,83 milhões e a Holanda, com crescimento de 21% ao passar de US$ 548 milhões para US$ 663,43 milhões. Pela ordem, os países ocupam o segundo e terceiro lugar.





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