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Internacional
Quinta - 27 de Outubro de 2016 às 07:57
Por: Veja.com

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O presidente americano Barack Obama, e o cubano Raúl Castro, após entrevista coletiva realizada na capital de Cuba, Havana, na tarde desta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia de visitas de Obama à ilha (Carlos Barria/Reuters)
O presidente americano Barack Obama, e o cubano Raúl Castro, após entrevista coletiva realizada na capital de Cuba, Havana, na tarde desta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia de visitas de Obama à ilha (Carlos Barria/Reuters)

Pela primeira vez em 25 anos, os Estados Unidos optaram por se abster em uma votação da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o embargo econômico a Cuba nesta quarta-feira. A resolução condenou com ampla maioria a medida adotada pelos americanos e que só pode ser retirada se o Congresso do país permitir. Foram 191 votos condenando o embargo e duas abstenções – dos EUA e de Israel, que sempre segue o voto dos americanos no caso. Nos outros anos, Washington e Israel sempre votavam “não”.

“Hoje, os Estados Unidos vão se abster. A decisão é motivada pelo novo curso das relações entre Washington e Havana, inauguradas pelo presidente Barack Obama”, disse a embaixadora americana na ONU, Samantha Power, sob muitos aplausos dos diplomatas presentes no Palácio de Vidro.

Segundo a representante, “a política de isolar Cuba não funcionou”. Porém, Power afirmou que a abstenção no voto não significa que seu governo esteja de acordo com todas as políticas adotadas pelo governo da ilha. “Estamos profundamente preocupados pelas graves violações de direitos humanos que o governo de Havana continua a cometer”, ressaltou.

Cuba e Estados Unidos estão, desde dezembro de 2014, em um processo de reatar as relações diplomáticas. Obama e Raúl Castro já se comprometeram em realizar uma série de avanços na relação, mas o embargo econômico, que vigora desde a década de 1960, só pode ser retirado pelo Congresso. Como a Casa tem maioria republicana, Obama não conseguiu fazer com que os parlamentares retirassem a medida.

(Com ANSA)





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