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Economia
Segunda - 07 de Novembro de 2016 às 16:32
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Conforme a série histórica de Mato Grosso, o resultado só foi menor que o atual em outubro de 2006 quando a receita somou US$ 409,78 milhões
Conforme a série histórica de Mato Grosso, o resultado só foi menor que o atual em outubro de 2006 quando a receita somou US$ 409,78 milhões

As exportações mato-grossenses registram em outubro receita de US$ 525,34 milhões, conforme dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. As cifras revelam o pior saldo mensal do segmento em 2016 e também o menor faturamento para o mês de outubro dos últimos 11 anos. Conforme a série histórica de Mato Grosso, o resultado só foi menor que o atual em outubro de 2006 com US$ 409,78 milhões.

Em relação a setembro, a receita de outubro também foi menor, queda de 34%, já que no mês anterior as exportações renderam US$ 799,61 milhões. O ‘esfriamento’ dos embarques é um movimento esperado para o último trimestre do ano, momento em que a maior parte da safra agrícola foi escoada/exportada, restando poucos volumes para serem movimentados nos últimos meses do ano e a maior parte desse estoque acaba sendo consumida no mercado interno.

A soja em grão, por exemplo, que é a principal commodity, chegou em outubro com cerca de 96% da produção de 27,81 milhões de toneladas comercializada. Das 18,90 milhões de toneladas de milho colhidas em 2016, 98% foram vendidas. Outra commodity que assim como o milho mantém a pauta movimentada no segundo semestre, o algodão, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), está com 86% da produção de 889,91 mil toneladas de pluma vendida. As três commodities representam juntas mais de 70% do faturamento da pauta estadual.

Mesmo com a perda de fôlego na comparação mensal, no acumulado de janeiro a outubro o desempenho do comércio exterior mato-grossense segue positivo em relação ao registrado em igual intervalo de 2015. Conforme a estatística, a receita acumulada cresceu 5,58%, ao passar de US$ 10,95 bilhões para R$ 11,56 bilhões. Desse total, US$ 5,57 bilhões vieram dos embarques de soja em grão. A commodity apresentou crescimento anual no comparativo dos últimos 10 meses de 1,31%, no entanto, a variação em volume físico foi bem mais significativa ao passar de 14,17 milhões de toneladas exportadas entre janeiro e outubro do ano passado para pouco mais 15,14 milhões, quase um milhão de toneladas a mais para crescer 1,31% em receita.

O milho segue 2016 como a commodity mais valorizada do ano. Na comparação dos últimos 10 meses, o faturamento cresceu 43,63%, ao passar de US$ 1,49 bilhão no acumulado de janeiro a outubro de 2015 para US$ 2,14 bilhões até o mês passado.

O algodão com receita de US$ 624,21 milhões registra crescimento de 15,80% sobre o faturamento anterior de US$ 539 milhões. Em volume foram 340,39 mil toneladas para uma movimentação atual de 413,84 mil toneladas.

No segmento de carnes, os cortes bovinos têm duas realidades, ascensão para os cortes refrigerados/frescos e retração para os congelados. Conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, os cortes refrigerados têm crescimento de 19,80%, ao contabilizar receita de US$ 141,34 milhões. O segmento, no entanto, representa apenas 1,22% da pauta estadual. Com maior participação no total exportado nos últimos 10 meses, 5,13%, os cortes congelados apontam queda anual de 20,48%, ao passar de US$ 746,67 milhões em 2015, para US$ 539,76 milhões.

DESTINO - A China permanece como o principal parceiro comercial de Mato Grosso. Dos mais de US$ 11,56 bilhões em receita à pauta, US$ 3,72 bilhões, ou 32,19%, foram originados por meio do comércio com aquele país.

Os cinco maiores mercados consumidores dos produtos mato-grossenses, são, pela ordem – depois da China -, Irã com US$ 738,81 milhões, Países Baixos (Holanda) com US$ 704,10 milhões, Indonésia com US$ 576,20 milhões e a Tailândia com outros US$ 470,70 milhões. O Irã ampliou a relação comercial com Mato Grosso em mais de 56% na comparação entre janeiro e outubro de 2015 ante 2016.

IMPORTAÇÕES – As compras feitas pelo Estado também registraram o menor desembolso do ano ao somar US$ 51,99 milhões, retração mensal maior que a das exportações, já que a queda nesse comparativo foi de 35,89%. No acumulado de janeiro a outubro as importações somam US$ 1,02 bilhão, 3,51% abaixo do contabilizado em igual momento do ano passado. As compras continuam sendo sustentadas pelos produtos voltados à composição de fertilizantes agropecuários, como ureia, sulfato de amônio e cloreto de potássio.





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